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O ano é 2020 e a censura ainda existe

censura ao cointimes

Tempos sombrios, de censura descarada, amigos leitores. Como alguns sabem sou advisor e co-founder aqui do Cointimes e só no último ano recebemos 6 ameaças, das mais diversas, em vários níveis, para retirar conteúdos do ar. Alguns, infelizmente tivemos que retirar. Os principais reclamantes, como de se esperar, são os nossos nada amigos, os piramideiros. 

Aqui no Cointimes temos algumas missões, e uma delas é bem clara e objetiva: informar o maior número de brasileiros , de maneira imparcial, sobre os riscos do dinheiro fácil; vulgo pirâmides financeiras. O mercado de cripto traz consigo riscos de perdas, a tal volatilidade, portanto se o resultado positivo é garantido, por menor que seja, leia em caixa alta: CORRA!

E é justamente essa missão que incomoda tanta gente. Mas, convenhamos, dá para entender os piramideiros declarados. Eles vivem de ganhar dinheiro fácil em cima de uma parte da população desinformada e que quer ganhar um dinheiro extra sem esforço/estudo sobre o assunto. Eles estão no papel deles, de foras da lei, de tentar abafar qualquer tipo de denúncia, afinal, uma pirâmide só é rentável após um considerável número de pessoas dentro do esquema. (você pode saber mais no nosso podcast sobre pirâmides: Conexão Satoshi #04 – Pirâmide Financeira, porque você ainda cai nessas coisas? )

Mas hoje não quero falar sobre os piramideiros, mas sim sobre grandes empresas, de milhões de faturamento por ano, que recorrentemente pedem, sem medo, para retirarmos determinados conteúdos que podem “manchar a imagem deles”.

Amigos leitores, nosso papel aqui é de informar, da maneira mais imparcial possível (o incrível Neto é um case, quase ‘apolítico’, que consegue bater no centro, na direita e na esquerda no mesmo dia, sem medo) e antes de publicar qualquer matéria entramos em contato com a(s) empresa(s) citadas, mas com uns 10% de aproveitamento na taxa de resposta, com sorte.

O mais trágico, na maior parte dos casos, acontece após a publicação, como ocorreu em uma censura vexatória que sofremos essa semana. A matéria vai ao ar e os citados, até então silenciosos, aparecem como bonecos de massa das profundezas implorando para que retiremos a matéria do ar, pois a situação ‘não é bem aquela’. Após a negativa de praxe inicial iniciam-se as ameaças. Essa semana tivemos que ceder pelo bem da comunidade cripto, mas a ferida ficou, amarga e latente.

É bem triste. Como veículo de comunicação sério, no ar há quase 2 anos e com milhares de leitores diariamente, me sinto ultrajado ao receber ameaças e, eventualmente, ser forçado a tirar qualquer matéria do ar. Já fazia um tempo que eu não aparecia por aqui, mas hoje senti a obrigação de me posicionar, indignado por mais um caso.  

Que possamos ver e viver tempos melhores pela frente. Que os que não devem e não temem, apareçam cada vez mais e que o ecossistema jornalístico esteja mais unido para que a censura de um seja uma oportunidade e uma centelha de esperança para todos os outros.

Não vão nos calar. Vivemos em um país livre, ter informação é ter poder, se informem. Obrigado por estarem do nosso lado e por acreditarem no trabalho honesto que fazemos.

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