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O Bitcoin não falhou. Nós que falhamos

O Bitcoin está muito bem. A cada dia que passa ele se torna um ativo mais seguro. Satoshi Nakamoto desenvolveu ele para ser assim: robusto e imutável com o passar do tempo. E daí se ele tem problemas de escalabilidade hoje? Esse nem de longe é o maior problema.

O maior problema está fora do Bitcoin, no elo mais fraco da corrente: os usuários. Muitos deles estão trocando seus Bitcoins por migalhas ou “rentabilidade garantida”. O que era feito para ser seu, vai para a mão de terceiros ou dos “Falsos Midas”, que prometem rendimentos de 1 a 3% ao mês.

O problema não está nem tanto em quem faz essa escolha. Cada um é livre para pôr onde quiser o seu dinheiro. Quando influenciadores e moderadores de grandes grupos e comunidades promovem esse tipo de comportamento, o problema fica exposto.

O chapeleiro louco e a arbitragem infinita

Não foram poucos os golpes promovidos por pessoas com influência dentro da comunidade. O maior deles foi o dar arbitragem infinita provocada pelo Rei do Bitcoin e suas duas corretoras. Não vejo nada de errado em negociar coins e arbitrar onde tem btc com spread infinito.

Novamente, o problema é quando essa corretora descaradamente faz Wash Trading, falseia volume e ameaça quem diz o contrário. Não ia demorar muito para tudo desmoronar. Agora o Rei pode repousar tranquilamente em seu castelo Suíço, enquanto a plebe clama nos portões.

Para o grupo que foi citado aqui, também não tem problema levar seus Bitcoins para dar uma volta no país das maravilhas de Alice. Você só precisa ficar preocupado se ele vai encontrar o caminho de volta, sua carteira. Aparentemente, muitos se perderam no caminho. O chapeleiro louco parece ter atrapalhado Alice a encontrar seu caminho de volta.

É preciso refletir sobre o papel dos influenciadores nas decisões de seus seguidores. Mas parece que não aprendemos, ainda confiamos nossos Bitcoins a terceiros e damos mais argumentos para quem acredita que Bitcoin é pirâmide.

O Bitcoin está muito bem. O que não está bem é ainda acreditarmos em falsos reis, falsos midas e histórias de Alice no país das maravilhas. Se formos seguir a linha do egoísmo de Ayn Rand em seus contos como a Revolta de Atlas, está tudo bem.

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