O Open banking já está chegando no Brasil, veja o que é e como a regulamentação está sendo criada pelo Banco Central.
O que é o open banking?
A ideia do open banking é a de que os dados transacionais são dos clientes e não dos bancos. Com o avanço tecnológico se tornou possível a abertura dos dados bancários, de uma forma que não fosse comprometida a privacidade e a segurança das partes envolvidas.
Dessa forma os dados que eram apenas tratados internamente pelos bancos, agora pode trafegar por outras plataformas e criar uma infinidade de aplicações.
Os bancos se livram da necessidade de criar e manter aplicativos de integração, as fintechs ganham dados para criação de novas soluções e os clientes têm a liberdade de usar seus dados como bem entenderem.
Segundo José Rodrigues, da AB fintech, a ideia do open banking é “um caminho sem volta“.
Aplicativos e países que usam o sistema
No Brasil ainda são poucos os aplicativos que utilizam os dados bancários, isso pelo fato de que os bancos se recusam a liberar suas APIs (método de obter os dados dos clientes) quando têm tal tecnologia.
O Banco do Brasil é o mais avançado nessa área, ele já disponibiliza os dados de seus clientes, com autorização expressa dos mesmos, para algumas empresas que podem agregar algum valor, como a Dotz, maior empresa de programas de fidelidade no varejo; BxBlue, fintech que oferece uma plataforma de comparação de crédito.
Na Europa a regulamentação começou a vale a partir de 13 de janeiro de 2018, a diretiva de pagamentos P2SD2 obriga os bancos da União Europeia (UE) a liberarem suas APIs para outros serviços e plataformas.
Um exemplo de aplicativo que surgiu com essa liberação na UE foi o Chip, ele pega os dados da sua conta pessoal, analisa e te mostra onde você pode economizar.
Regulamentação no Brasil
No Brasil, o Banco Central quer definir o modelo de open banking para ser implementado a partir do ano que vem.
Já há conversas entre o BC, CADE e a Febraban, que analisam quais serão as diretrizes a serem seguidas. Alguns especialistas acham que será um modelo mais restritivo, onde o BC irá categorizar as plataformas que poderão requisitar os dados, a linguagem de programação da API e outros detalhes, algo parecido com o que ocorre na Inglaterra.
O caminho contrário seria seguir um modelo semelhante ao da União Europeia, onde os bancos são obrigados a disponibilizar a API, mas fazem sem uma padronização tão restritiva.
Apesar do open banking criar diversas vantagens para os bancos, muitos se recusam a abrir mão do controle absoluto dos dados de seus clientes. É o caso do Bradesco, que move um processo judicial contra o GuiaBolso, tentando impedi-lo de coletar dados dos seus clientes.
Vamos te atualizando quanto a esse processo regulatório, para não ficar de fora das notícias do mercado siga nossas redes sociais no Facebook, Twitter, Instagram e Telegram.