As ações dos EUA caíram para o nível mais baixo em duas semanas, com as ações de grandes empresas de tecnologia sob pressão pelo segundo dia, devido a preocupações de que os valuations estivessem muito altos para os desempenhos deste ano.
As quedas da Amazon, Microsoft e Facebook empurraram o Nasdaq 100, índice das cem maiores empresas não financeiras, para baixo mais de 5%, embora tenha reduzido essas perdas em mais da metade com o passar do dia e os investidores descobriram pechinchas. O mercado mais amplo se saiu melhor, com o índice S&P 500 caindo um pouco mais de 1% à tarde.
Os rendimentos do Tesouro norte-americano aumentaram enquanto o dólar se manteve estável. O petróleo caiu para menos de US$ 40 o barril pela primeira vez em um mês.
De acordo com a Bloomberg, as maiores vendas de sexta-feira pareceram resultar da preocupação de que a recente alta nas ações de tecnologia não estava ligada ao sentimento amplo do investidor, mas em vez disso teria sido impulsionada por negociações de opções de grandes dimensões de uma empresa.
O Financial Times informou que o SoftBank comprou bilhões de dólares em derivativos de tecnologia antes do crash que começou quinta-feira.
Gráfico de um mês do índice Nasdaq 100. Fonte: Investing.com
Os traders estão procurando encontrar um valuation apropriado para as ações de tecnologia e avaliar a saúde da economia dos EUA à medida que a pandemia de coronavírus avança após ter matado mais de 180.000 americanos.
Enquanto a indústria tech está gerando grandes lucros durante os lockdowns, também há evidências de que as empresas de alto escalão ficaram sobrecompradas.
Em outros lugares, as ações dos mercados emergentes caíram pelo terceiro dia. As ações europeias despencaram. As ações asiáticas caíram, com o índice da Austrália registrando a maior queda desde maio. Enquanto isso o Ibovespa enfrentou quedas superiores a 3%, e arrisca perder novamente os 100 mil pontos.