Sob o pretexto de combater a pornografia infantil online, os políticos americanos estão tentando proibir efetivamente a criptografia de ponta a ponta em todas as plataformas de tecnologia de comunicação para todos.
A legislação recém-proposta pode forçar empresas como Apple, Google e Facebook a criarem backdoors em seus serviços para garantir que as autoridades possam monitorar facilmente tudo o que desejam.
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“Lei de eliminação da negligência abusiva e desenfreada das tecnologias interativas”
Uma medida no Senado dos EUA pode impedir que todos os serviços de mensagens, como o Telegram e o WhatsApp, ofereçam criptografia de ponta a ponta para os usuários.
Sob esse plano, as empresas poderiam ser forçadas a projetar backdoors em suas redes, para que as agências governamentais pudessem espiar as comunicações privadas.
Além das preocupações óbvias com a privacidade, essas backdoors podem eventualmente cair em mãos erradas e ser exploradas por hackers para roubar informações confidenciais, como outras já fizeram no passado.
A Lei é apresentada como uma ferramenta para impedir a disseminação de material de abuso sexual infantil. Atualmente, as empresas de internet simplesmente têm um grau de proteção contra ações judiciais no caso de alguns de seus usuários transmitirem pornografia infantil online.
No entanto, esta lei forçará as plataformas a conquistá-lo. E a maneira de obter essa proteção é cumprindo os requisitos estabelecidos pelo governo, que incluirão o banimento da criptografia de ponta a ponta.
Mesmo antes do conhecimento dessa lei vazar para o público, já havia evidências de que as empresas de tecnologia dos EUA se sentiam pressionadas pelo governo a prejudicar a privacidade de seus usuários.
Cerca de duas semanas atrás, foi amplamente divulgado que a Apple abandonou os planos de criptografia de ponta a ponta dos backups em nuvem de seus dispositivos, depois que o FBI reclamou que a medida dificultaria suas investigações.
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