A Bitstamp é uma das mais antigas exchanges de bitcoins, fundada em 2011 por Damijan Merlak e Nejc Kodric em uma garagem na Eslovênia, a corretora pavimentou seu sucesso e se tornou a maior do ramo na Europa.
No dia 29/10 o CEO Kodric anunciou a venda de 80% da empresa para o fundo de investimentos belga NXMH. O fundo de investimentos também levou o pedaço de participação da Pantera Capital.
O fundo de investimentos é belga, mas ele é atualmente controlado pela gigante dos games Nexon.
Saiba mais sobre a Pantera Capital:
Bitstamp, da garagem ao mundo
A Bitstamp nasceu em uma garagem na Eslovênia, com apenas um servidor, meia dúzia de computadores e mil euros em capital a empresa cresceu a ponto de movimentar mais de 100 bilhões de euros diariamente.
Sua base de usuários ultrapassa os 3 milhões de cadastrados e sua penetração no mercado financeiro europeu alcança os 28 países da UE.
Em 2014 a companhia foi avaliada em 30 milhões de dólares e recebeu um investimento de 10 milhões de euros, em 2016 chegou a 60 milhões.
Por que a Nexon comprou a Bitstamp?
A Nexon não é nova no mercado de criptomoedas, em 2017 ela adquiriu a maior parte da exchange Korbit, que na época era a segunda em volume negociado na Coreia do Sul.
A ideia dos executivos da Nexon era diversificar o portfólio de atuação da empresa em outros mercados.
A Nexon já produzia jogos utilizando a tecnologia do blockchain, como Spell of Genesis, então, adquirir uma empresa cujo core era o de criptomoedas parecia um passo óbvio.
Com o aumento do preço do Bitcoin no final do ano passado, a Korbit veu seu volume crescer absurdamente.
No começo de 2018 a principal concorrente da Korbit, a Bithumb, tentou entrar no mercado europeu. Entretanto, por problemas de compliance com as autoridades da UE acabaram por adiar essa expansão.
Para dar um passo à frente de sua concorrente, a Nexon resolveu comprar a Bitstamp e fixar sua bandeira no velho continente.
Após a compra da corretora de bitcoins no dia 25, as ações da Nexon subiram.
Um jogo de gente grande
Hoje a Coreia do Sul tem um mercado de criptomoedas pitoresco. Os maiores conglomerados do país estão envolvidos de alguma forma com bitcoin.
A Samsung entrou no mercado de chips para ASICs, prometendo gerar dor de cabeça para os chineses da Bitmain.
Shinhan é o Itaú da Coreia, ele já participa do mercado com a exchange Gopax. A Kakao (maior produtor de software), a SK (maior empresa de telecom do país) também seguiram o mesmo caminho do Shinhan.
A aquisição da Bitstamp mostra a consolidação dos asiáticos no mercado de criptomoedas, além de legitimar ainda mais o uso de novas tecnologias financeiras baseadas em blockchain.