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Para mascarar a inflação e ajudar bancos, Etiópia cria nova cédula de 200 Birr

O primeiro ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, informou pelo Twitter a implementação de uma série de medidas bancárias com objetivo de conter a inflação no país

O primeiro ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, informou pelo Twitter a implementação de uma série de medidas bancárias com objetivo de conter a inflação no país e resolver o problema de liquidez que os bancos enfrentam.

“A Etiópia apresenta hoje novas notas de Birr de 10, 50 e 100, com a introdução de uma nova nota de 200 Birr. As novas notas reduzirão o financiamento de atividades ilegais, corrupção e contrabando. Recursos de segurança aprimorados nas novas notas também encerrarão a produção de falsificações.”

Os bancos nacionais, por meio da Associação de Banqueiros da Etiópia, há muito tempo pedem a mudança das notas, pois 1 terço da moeda local está fora do sistema bancário. Com essa medida, os cidadãos do país precisarão trocar suas cédulas antigas pelas novas, impedindo assim, a evasão fiscal do mercado informal. Importante lembrar que mercado negro do país representa fatia siginifcativa da economia.

“Principalmente com a pressão inflacionária que assombra o país há muito tempo e seu impacto adverso sobre o poder de compra, a introdução da nova denominação é um passo na direção certa e, além disso, devem ser introduzidas notas de 500 e 1000”, disse ministro do Desenvolvimento.

Além da mudança nas notas, foi apresentada uma cédula de 200 birls. Essa medida tem como objetivo equiparar os valores da moeda a inflação galopante ocorrida nos últimos anos. Em agosto, a taxa de inflação foi de 20% no mês. A justificativa apresentada para as altas taxas de inflação são os gastos com obras de infraestrutura.

A maioria das transações da economia da Etiópia ocorrem em espécie. Os bancos esperam prospectar novos clientes com as mudanças. Foi estipulado um prazo de três meses para que as pessoas troquem suas cédulas.

Vale lembrar o crescente uso do Bitcoin e demais criptomoeda na África. Em relatório publicado pela empresa de análise de dados Chainalysis, o volume de transações na África subiu 55% em um ano. As criptomoedas se mostraram extremamente eficientes em países que sofrem com a inflação, como Venezuela e Quênia.

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