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Protocolo de VPN descentralizada é lançada na rede Cosmos

Protocolo de VPN descentralizada é lançada na rede Cosmos

A Rede Sentinel, um mercado para venda de largura de banda p2p agora oferece suporte ao aplicativo descentralizado Sentinel dVPN na blockchain da rede Cosmos. Segundo Dan Edlebeck, cofundador da Exidio e desenvolvedor do projeto: 

Sentinel é o primeiro projeto que se concentra em oferecer privacidade no nível de rede para qualquer blockchain ou dApp. Uma vez integrados, esses blockchains ou aplicativos serão capazes de fornecer a seus usuários privacidade e resistência à censura. Simplesmente, o objetivo do ecossistema Sentinel é capacitar o acesso universal à Internet de uma maneira confiável e comprovável.

A Rede Sentinel permite que qualquer pessoa venda sua largura de banda em um mercado. Ademais, os desenvolvedores podem utilizar o protocolo Sentinel, construído com o Cosmos SDK, para desenvolver aplicativos, públicos e privados, que usam o mercado de largura de banda da rede Sentinel para aplicativos dVPN.

O mais importante é que os ISPs (Provedores de Serviço de Internet) podem receber ordens de um governo específico para desligar completamente a Internet, disse Mancuso.

“Embora pareça drástico, é certamente possível e já aconteceu no passado. No entanto, uma tecnologia como a Starlink, desenvolvida pela SpaceX de Elon Musk, irá literalmente transmitir a Internet do espaço. Combinar essa solução com o Sentinel pode ser uma grande vitória para o direito soberano de um indivíduo à segurança e, mais importante, à privacidade, ao usar a Internet”.

Os usuários poderão vender banda para alimentar a rede Sentinel e serão recompensadas em SENT. A rede de testes da Sentinel foi originalmente construída no Ethereum, e os usuários poderão converter seus tokens ERC-20 em SENT.

VPN vs dVPN

Uma Rede Privada Virtual (VPN) permite aos usuários criar uma conexão privada através de uma rede pública, como a internet. Normalmente é utilizado por quem deseja um maior grau de privacidade ao navegar pela rede mundial de computadores.

Os aplicativos de VPN mascaram o endereço IP de um usuário, que é como um identificador do seu dispositivo ao acessar a internet. VPNs geralmente ajudam a ofuscar essa impressão digital, onde um servidor VPN cria um túnel criptografado para o tráfego da Internet.

Alguns governos bloqueiam certos sites, como Google ou Wikipedia, com base em geo-fencing. As VPNs ajudam a driblar isso, permitindo que as pessoas se conectem a servidores em áreas fora do local com ‘cerca geográfica’. 

O site Top10VPN aponta que três a cada quatro VPNs gratuitas possuem algum nível de vulnerabilidade, compartilham ou expõem dados de clientes ou mesmo contêm algum malware.

Uma VPN descentralizada (dVPN) leva essa busca por privacidade alguns passos adiante, de modo que a rede não pode ser comprometida por um agente central ou encerrada por desligamento da empresa ou o servidor que a executa. 

Dessa forma, a solução é mais resiliente do que uma VPN centralizada. Além disso, como todo o código é de código aberto, não há necessidade de confiar em terceiros – os usuários podem apenas verificar por si próprios. 

O foco inicial do ecossistema Sentinel é fornecer uma estrutura para a construção de dVPNs, de acordo com Peter Mancuso, COO da Exidio:

Quer o objetivo seja acessar conteúdo restrito ou aumentar a segurança da transmissão de dados pela Internet, indivíduos em todo o mundo estão exigindo esses tipos de medidas de segurança.

Conforme a Freedom House observa em seu último relatório anual Freedom of the Net, a pandemia está “acelerando um declínio dramático na liberdade global da Internet”. Pelo décimo ano consecutivo, os usuários da Internet “experimentaram uma deterioração geral em seus direitos, e o fenômeno está contribuindo para uma crise mais ampla para a democracia em todo o mundo”.

Eldeback afirmou que um dos principais casos de uso da rede é relacionado a movimentos políticos em regiões de conflito:

Os casos de uso mais extremos referem-se a pessoas no MENA (Oriente médio e Norte da África) usando a plataforma para se envolver em movimentos pró-democracia ou simplesmente se organizando contra a vontade de um governo autoritário, disse Edlebeck. 

O Sentinel tem sido usado por ativistas iraquianos, por exemplo, como uma alternativa às VPNs centralizadas, que podem ser controladas centralmente.

A tecnologia

O Sentinel introduz criptografia de ponta a ponta entre os usuários e os servidores que eles acessam, tudo com transparência de código aberto. O protocolo dVPN tem um “sistema de comprovação de largura de banda”, que permite que a pessoa forneça sua largura de banda em troca de alguma compensação acordada com o usuário. 

O Sentinel não coleta dados relativos à navegação do usuário ou histórico e usa uma rede de retransmissão com nós de saída (onde o tráfego chega a Internet normal), cuja propriedade é distribuída entre muitos nós participantes, de modo que as identidades dos usuários não podem ser identificadas. Tradicionalmente, os nós de saída podem ser monitorados para observar o tráfego da rede e potencialmente identificar os usuários. 

Usar uma dVPN não significa que você ficará totalmente anônimo. Erros do usuários são sempre possíveis, o download de malware e outros fatores podem comprometer o anonimato. 

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