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Regra de Taylor: conheça o modelo que pode afetar o preço do Bitcoin consideravelmente

Moeda do bitcoin com gráfico em queda de fundo

A Regra de Taylor é um modelo criado pelo economista americano John B. Taylor, em 1993, que propõe que a política monetária seja conduzida de maneira transparente para atingir os melhores resultados econômicos. Essa regra pode ser aplicável não apenas nos Estados Unidos, onde foi desenvolvida, mas também em outros países.

A regra de Taylor utiliza alguns indicadores para orientar as decisões de política monetária com base no desemprego, na inflação e em uma estimativa de uma taxa de juros neutra. A relação entre esses indicadores é representada por uma fórmula matemática complexa, mas que pode ser simplificada em termos gerais.

O que é a regra de Taylor?

Basicamente, a regra de Taylor propõe que a taxa de juros de uma economia seja determinada pela soma ponderada entre a taxa de juros de equilíbrio, a diferença entre os índices inflacionários e a meta de inflação e o desvio percentual do PIB em relação ao PIB potencial.

Ou seja, quando a inflação está acima da meta estabelecida, a taxa de juros deve ser elevada para conter a demanda agregada e, consequentemente, reduzir a inflação. Por outro lado, quando a economia está operando abaixo de seu potencial, a taxa de juros deve ser reduzida para estimular o consumo e o investimento e impulsionar o crescimento econômico.

Já sabemos que a meta atual do Fed é manter a inflação em 2%, mas Kenneth Rogoff, professor da Universidade de Harvard e ex-economista do Fed, por exemplo, afirma que é hora de elevar essa meta para 3% ou mesmo 4%. Os defensores de uma meta mais alta afirmam que isso reduziria a necessidade de elevar as taxas de juros, permitindo às famílias e empresas mais espaço para respirar durante períodos de choques econômicos sem precedentes.

Por outro lado, manter a meta tão baixa pode resultar em elevações contínuas das taxas de juros que podem levar a economia à recessão. Os dados apontam que a inflação não está cooperando com todos os aumentos de juros, com os preços ao consumidor nos EUA subindo em janeiro e a taxa de inflação anual ficando acima do esperado. 

O problema é que até agora, o Fed não conseguiu atingir sua meta de inflação de 2% e é aí que entra a regra de Taylor, que sugere que para a taxa de inflação chegar aos tão sonhados 2%, o Fed teria que atingir 9% de taxas de juros para a inflação voltar à meta.

A aplicação da regra de Taylor ou aumentar a taxa de juros real entre 3% e 4% ainda são sugestões de economistas, mas conseguimos ver claramente em todos os argumentos que a inflação americana está longe de se estabilizar. E que o Fed tem um trabalho muito maior ainda pela frente do que muitos imaginam.
O BoFA – Bank of America já aponta que o Fed poderá subir as taxas de juros até 6%.

Mas como isso afeta o Bitcoin?

Por consequência de juros altos, o dinheiro está caro. A liquidez dos mercados está indo para títulos americanos e rendas fixas para “proteção” de capital. Isso tende a reduzir a exposição a ativos voláteis, como bitcoin ou qualquer outra criptomoeda.

Com essa contínua política monetária sendo seguida, o mercado tradicional e o de criptomoedas poderão sofrer uma retirada de liquidez acima do esperado por vários investidores. E isso, traria todos os mercados de risco para baixo.

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