O secretário de relações exteriores do Reino Unido, Dominic Raab, deu declarações propondo maneiras para que Londres, a capital inglesa, continue sendo o centro financeiro da Europa. Em resposta, o especialista financeiro e professor da Universidade de Stirling, David McMillan, pediu para que o país abrace o Bitcoin como uma maneira de impulsionar as finanças do país.
David afirmou:
“Não ter mais que concordar com 27 países da UE deve permitir que o Reino Unido seja mais ágil… o que poderia ser uma grande vantagem na tentativa de controlar áreas emergentes, como investimento verde e fintechs.
Isso poderia incluir o desenvolvimento e a regulamentação de novos produtos financeiros que permitam aos investidores se envolver positivamente com o financiamento das mudanças climáticas e criptomoedas.”
As conversas vieram após Amsterdã ultrapassar Londres como centro para o mercado de ações Europeu. Dominic afirmou ser possível que os países europeus “roubem alguns negócios aqui e ali da cidade” após a saída do país da União Europeia. Porém, ele se diz confiante a longo prazo, afirmando que a Europa não será o maior concorrente do país.
O desafio para Londres como um centro financeiro global ao redor do mundo virá de Tóquio, Nova York e outras áreas, e não desses centros europeus. Particularmente se eles começarem a erguer barreiras ao comércio e ao investimento.
O Banco Central Europeu
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, muito provavelmente a maior autoridade reguladora da Europa, se mostrou completamente avessa ao Bitcoin. Lagarde chegou inclusive a pedir por uma regulação global da criptomoeda.
[Bitcoin] é um ativo altamente especulativo, que conduziu alguns negócios engraçados e algumas atividades interessantes e totalmente repreensíveis de lavagem de dinheiro. […] Tem que haver regulamentação. Isso tem que ser aplicado e acordado… em nível global, porque se houver uma fuga, essa fuga será usada.
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Nesse aspecto, a saída do Reino Unido da União Europeia pode ser extremamente positiva para o país caso o Banco Central Europeu promova uma regulação proibitiva para o Bitcoin. Nesse cenário, uma alternativa fácil para os bitcoiners europeus seria a Inglaterra.
Alguns lugares do mundo, como a cidade de Miami estão procurando maneiras de tornar os locais atrativos para investidores de Bitcoin e criptomoedas. Quais países e regiões sairão na frente nessa corrida? Deixe sua opinião na seção de comentários abaixo.
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