Após sucessivos cortes na taxa de juros brasileira, atualmente, a taxa Selic está em 2,25%. O que é um pesadelo para os investidores brasileiros que antes mantinham o seu capital em CDBs ou no Tesouro Direto e agora, com a potencial alta da inflação, estão necessitando tomar mais risco em mercados de renda variável (como a bolsa e as criptomoedas).

Mas já pensou se existisse um mercado de renda fixa em criptomoedas que fornecesse uma excelente remuneração em termos de taxa de juros?
Sim, isso existe, e não estou falando de pirâmides financeiras. Pensando em te apresentar mais uma nova alternativa de investimento em cripto, a Mercurius Research dessa semana será sobre o mercado de Lending em criptomoedas (renda fixa).
O que é lending?
Inicialmente é importante explicar o conceito de lending. O termo vem do inglês e significa empréstimo. Portanto, essa modalidade de investimento nada mais é do que empréstimo em criptomoedas, assim como é feito no mercado tradicional.
A diferença é que quando você está investindo em um CDB, você está emprestando dinheiro para o banco, e quando você investe em debêntures você está emprestando dinheiro para empresas.
Essa modalidade de empréstimo é um pouco diferente, que normalmente quando se trata do mercado de crédito tradicional você analisa o risco de default (pessoa não te pagar o empréstimo), mas nesse caso você não possui esse risco, visto que o mercado de lending em criptomoedas é baseado em empréstimos colateralizados (com garantia) a partir de criptomoedas.
Pareceu muito difícil e com muitos termos técnicos?
Calma, iremos te explicar de forma simples como funciona…
Como funciona a renda fixa das criptomoedas?
O mercado de Lending em criptomoedas funciona da seguinte forma: imagine que existe a pessoa A que possui diversos Bitcoins, mas precisa de liquidez de forma rápida para pagar algumas contas e deseja não desfazer desses Bitcoins, pois vender seus BTC significaria um alto custo e ela perderia o potencial de valorização do ativo.
O que ela pode fazer?
Vamos supor que essa pessoa tenha 2 BTCs e necessite de 10.000 dólares. O que ela pode fazer é depositar os 2 BTCs (cerca de 20.000 dólares) em uma plataforma de Lending e receber 10.000 dólares para pagar suas dívidas e, após um ano, ela necessita pagar esses 10.000 dólares e mais alguns juros para ter de volta os seus BTCs.
Assim, a pessoa A permaneceu com seus BTCs todo esse tempo e a plataforma não teve um risco de crédito, visto que a pessoa tinha seus BTCs como garantia.
E onde você, investidor, entra nessa equação?
Você pode ser a pessoa que cede liquidez para essas plataformas, depositando suas stablecoins ou criptomoedas nessa plataforma e recebendo uma taxa de juros por isso, que hoje varia em cerca de 8 a 10% para stablecoins e 4 a 5% para criptomoedas como BTC e ETH.
Parece muito bom para ser verdade? Bem, é evidente que esse investimento possui um risco!
O risco de investir em Lending
Obviamente, todo investimento possui o seu risco e nesse caso não é diferente. Primeiro é importante lembrar que esse não se trata de um investimento livre de risco, mas apenas de baixo risco.
Para as pessoas que realizam o investimento de lending (empréstimo) a partir de plataformas centralizadas, como a Nexo, Blockfi e Celsius, o risco está atrelado à própria plataforma, sua regulação e também a sua capacidade de liquidar os BTCs emprestados em caso de uma movimentação muito anormal do mercado.

Já para as pessoas que investem a partir de plataformas descentralizadas (por meio de Defi), o risco está atrelado ao algoritmo que você está utilizando, visto que você fica responsável pela custódia dos seus ativos.
Entre as principais plataformas que podemos citar nesse caso estão a Compound e a Maker, que estão crescendo de forma exponencial nos últimos dois meses (já existem mais de 2 bilhões de dólares em ativos emprestados via Defi).

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