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Starlink, projeto de Elon Musk, deve impulsionar o uso de Bitcoin no mundo

Starlink, projeto de Elon Musk, deve impulsionar o uso de Bitcoin no mundo

As empresas fundadas pelo bilionário Elon Musk estão mudando o mundo sob diferentes aspectos. O foguete Falcon 9 da SpaceX realizou nos últimos dias sua 8º viagem contendo mais satélites para a rede Starlink, um projeto que não só deve revolucionar o acesso à internet, como também deve impulsionar o uso do Bitcoin no mundo.

A rede Starlink é um projeto de internet via satélite que pretende levar aos lugares mais remotos do mundo acesso à rede mundial de computadores com conexão de alta velocidade e baixa latência. O site da empresa informa que conexões de 50 mb/s a 150 mb/s com latência de 20 ms a 40 ms estarão disponíveis nos próximos meses na maioria dos locais.

Com essa última carga, um total de 1037 satélites já estão sob órbita terrestre fornecendo internet para alguns países. 12 mil satélites devem ser enviados para concluir a primeira fase do projeto.

A rede permitirá que qualquer pessoa tenha acesso livre à internet em regiões polares, desertos, florestas, zonas de guerra e países ditatoriais que limitam o acesso à internet.

Apesar de soluções semelhantes já existirem, a Starlink pretende levar internet a um custo substancialmente mais baixo e com uma velocidade e latência consideravelmente mais rápidas a nível global, com uma órbita mais baixa que os satélites de internet convencionais, para melhor otimização da rede.

A instalação da antena da Starlink também é outro diferencial. Basta deixá-la em uma área descoberta que ela se conectará automaticamente ao satélite mais próximo, muito mais simples que a instalação de internet via satélite atual.

Impulsionando o Bitcoin

A rede permitirá o acesso a internet a qualquer pessoa no mundo. Isso significa também que pessoas de qualquer lugar poderão utilizar a rede Bitcoin livremente. 

Além de áreas inóspitas, como desertos, florestas e geleiras, pessoas em ditaduras totalitárias ou países que proíbem ou limitam o uso da criptomoeda ou que limitam o acesso à internet através de firewalls e interrupções, poderão comercializar bitcoin facilmente.

Não à toa, a ideia já está virando inimiga de alguns governos ao redor do mundo. A Rússia chegou inclusive a cogitar a aplicação de multas para quem utilizasse redes de internet via satélite estrangeiras. 

A grande questão aqui é que esse tipo de fiscalização é muito difícil, tornando a proibição inefetiva na prática, especialmente com a discrição da antena que não ocupa muito espaço nem chama muita atenção.

Antena da Starlink. Fonte: Ipnews.

Pessoas de países com esse tipo de limitação podem se beneficiar muito com a tecnologia. Os chineses, acostumados a burlar o grande firewall chinês não mais precisarão se preocupar em ter que instalar uma VPN para usar a internet.

Pessoas na Coreia do Norte poderão ter o primeiro acesso em escala à internet mundial. É comum que sul-coreanos enviem dispositivos eletrônicos para o país através de balões com instruções para que quem o encontrar possa realizar uso da internet, levando assim, um pouco de informação à ditadura. Com a Starlink, isso pode se intensificar.

Pessoas que vivem em lugares onde a comercialização de criptomoedas é proibida também poderão se beneficiar da rede. Além do mais, geleiras e lugares de clima frio podem começar a ser explorados por mineradoras de bitcoin por conta do clima que favorece a mineração da criptomoeda.

As possibilidades são diversas, e só o futuro nos dirá quais serão as mudanças provocadas por essa tecnologia disruptiva. 

Leia mais: Tesla ganhou mais dinheiro com bitcoin do que vendendo carros elétricos?

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