Os movimentos da Tesla, MicroStrategy e Square já começam a influenciar os empreendedores brasileiros. Nesta sexta-feira (5) a startup de serviços financeiros Yubb se tornou a primeira empresa do Brasil que declara publicamente que investe parte do seu caixa em Bitcoin.
Conforme o presidente da Yubb Bernardo Pascowitch disse em entrevista para a Exame, a companhia passou por uma reestruturação financeira em 2020, quando passou a reservar uma parte do caixa para diversificar em diferentes investimentos.
O racional por trás da adoção do Bitcoin se baseou no movimento internacional e na desconfiança no valor das moedas fiduciárias, com a massiva impressão de dinheiro por parte dos principais bancos centrais do mundo.
“Vemos um movimento internacional de cada vez mais investidores globais passando a confiar nos criptoativos. E há um potencial muito grande em 2021 de desvalorização das moedas tradicionais, seja por questões econômicas, seja por impressão desenfreada de dólar e euro”, explicou.
O Bitcoin e outras criptomoedas ficaram com 15% de espaço nas reservas de tesouro, enquanto as ações vão representar 20% e o restante deve se manter em real na renda fixa (incluindo investimentos de liquidez diária para reserva de emergência).
O principal criptoativo usado como reserva é o Bitcoin (BTC), mas o Ether (ETH) também recebeu seu espaço. “Para investimentos de empresas em criptomoedas, eu não iria além de bitcoin e ethereum. As duas já têm uma volatilidade gigantesca.”, disse Pascowitch, que revelou que diversifica em ainda mais criptos como pessoa física.
Sobre os 20% de exposição em ações, a Yubb optou por ETFs de índices do S&P 500, porque já são produtos diversificados e escolher ações individualmente tomaria tempo demais da empresa, que deve focar no seu próprio produto, explicou Pascowitch.
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