Nesta sexta-feira (26) o Bitcoin caiu abruptamente abaixo de US$ 55.000, para uma mínima de seis semanas. A maioria das altcoins despencou ainda mais, e os contratos futuros de Wall Street também caíram devido aos novos temores do COVID-19.
Enquanto os contratos futuros dos índices de ações mais importantes do mundo despencaram, o mercado de ações no Brasil sustenta uma sessão positiva. Confira as principais notícias que impactam na sua carteira de investimento no Resumo de Mercado de hoje.
Bitcoin cai para uma baixa de seis semanas
A criptomoeda primária estava a caminho de US$ 60.000 ontem, depois de se recuperar da queda anterior abaixo de US$ 56.000. Entretento, o BTC falhou e a paisagem tornou-se vermelha horas depois.
O Bitcoin caiu US$ 5.000 em poucas horas para uma baixa intradiária de US$ 54.300, que se tornou o ponto de preço mais baixo desde 13 de outubro.
Conforme relatado anteriormente, essa maior volatilidade desencadeou liquidações em massa para os traders alavancados. Contudo, esta queda de preços coincide com desenvolvimentos semelhantes nos mercados de ações globais.
Entenda a correlação entre bolsas e Bitcoin: Correlação de Bitcoin com S&P 500 alcança quase 50%. Sinal de baixa?
A correlação do Bitcoin com o S&P 500 continuou a aumentar ao longo do mês passado, sugerindo que o apetite dos investidores por risco permaneceu forte. Conforme observado no gráfico de Skew abaixo, o maior ativo do mercado de criptomoedas e o índice de ações mais proeminente do mercado de ações dos EUA compartilharam um território positivo (intervalo de 7% -30%) recentemente.
Neste momento o Bitcoin é negociado a US$ 54.590 – R$ 304.153 nas principais corretoras brasileiras. De acordo com o CoinGoLive a queda em 24 horas teve uma proporção de 5,87% e sua capitalização de mercado encontra-se ainda acima de US$ 1,03 trilhão.
B3 e Wall Street
O noticiário local e certo otimismo com o encaminhamento da PEC dos Precatórios sustentaram uma sessão positiva do mercado brasileiro no pregão de ontem. Sem a referência de Wall Street, que não operou por causa do feriado de Ação de Graças nos EUA, o dia foi de baixo volume de negociação e movimentos ampliados pela falta de liquidez.
Entretanto, o feriado não afastou o pânico dos investidores que sentiram-se ameaçados com a descoberta da nova variante COVID-19 vinda da África do Sul. A nova ameaça aumenta a preocupação que os investidores já enfrentam na forma de inflação elevada, aperto monetário e desaceleração do crescimento.
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Consequência do temor, os contratos futuros no mercado externo despencaram. Os futuros do Dow caíram mais de 2%, os do S&P 500 quase 1,7%, enquanto os preços do petróleo caíram ainda mais. Os contratos futuros de petróleo bruto dos EUA caíram mais de 5,5%.
A situação na Ásia é idêntica, com Nikkei do Japão e Hang Seng de Hong Kong perdendo cerca de 2% cada. Porém, por conta de um forte avanço no preço das ações da Petrobras, quee anunciou uma nova política de dividendos, ajudou o Ibovespa a fechar a sessão com valorização de 1,24%, aos 105.811 pontos.
No mercado de câmbio, tais preocupações passaram batido. A moeda americana fechou em baixa de 0,54%, a R$ 5,5648, em um pregão com reduzida liquidez.
Avalanche e Crypto.com
Como geralmente acontece quando a moeda que domina o mercado de criptomoedas se dirige para o sul, o mesmo acontece com as altcoins. A Ethereum (ETH) excedeu US$ 4.500 ontem, mas uma correção substancial de mais de 6% o levou para o sul em cerca de US$ 4.069 a partir de agora.
A Avalanche (AVAX) e o token da corretora Crypto.com foram as moedas alternativas que mais perderam entre as maiores. O AVAX caiu 18,13% em 24 horas para menos de US$ 110, enquanto o CRO encerrou o dia com 17,68% de baixa.
O resultado das principais altcoins nas últimas 24 horas é o seguinte: Ethereum (-6,78%), Binance Coin (-8,00%), Solana (-9,60%), Cardano (-8,17%), Ripple (-9,25%), Polkadot (-10,27%), Dogecoin (-8,35%), Avalanche (-18,13%), Shiba Inu (-2,00%) e Crypto.com (-17,68%).
De acordo com o CoinGoLive, a capitalização de mercado de todos os ativos cripto caiu para US$ 2,57 trilhões nesta sexta-feira.
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