Em 2025, os Estados Unidos enfrentam tensões tarifárias devido a um histórico protecionista e decisões recentes, com o governo Trump impondo tarifas a parceiros como China, Canadá e Brasil. Essas medidas visam reduzir déficits comerciais, mas resultam em retaliações, aumento de custos e instabilidade nas cadeias de suprimentos. O Brasil reagiu acionando a OMC e exigindo que a Suprema Corte avalie os poderes presidenciais para tais ações.
Guilherme Sacamone, CEO da OKX no Brasil, destaca que essas políticas tarifárias amplificam pressões inflacionárias e aumentam a aversão ao risco nos mercados globais, levando investidores a buscar ativos que preservem valor e liquidez. Nesse cenário, o Bitcoin e outros criptoativos ganham relevância como alternativas de proteção, especialmente em países afetados por tarifas elevadas e desvalorização cambial.
As criptomoedas oferecem uma proteção contra volatilidade e instabilidade regulatória, circulando globalmente sem intermediários. Sacamone observa que o movimento em direção às criptomoedas não é apenas defensivo, mas também uma busca por diversificação inteligente e exposição a uma classe de ativos em crescimento global.
Segundo o relatório “Geography of Cryptocurrency” da Chainalysis, o Brasil ocupa a 5ª posição no ranking mundial de adoção de criptomoedas, liderando na América Latina em métricas como varejo, DeFi e atividade institucional. Isso demonstra como, em meio a tensões econômicas e políticas, o Brasil se destaca na adoção de criptoativos, consolidando-os como instrumentos estratégicos de diversificação e proteção de capital.