Em entrevista nesta quarta-feira (13) para Mônica Scaramuzzo, do Valor, o fundador e CEO da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, recomendou ao público a exposição ao bitcoin, chamando o ativo de reserva de valor.
Com o tema de “Rumos do mercado financeiro em 2021”, na live Benchimol não pôde deixar de citar as históricas baixas taxas de juros da economia brasileira na, que inevitavelmente estão levando os investidores a mudarem seu perfil e passarem a aceitar mais risco em suas carteiras de investimento em troca de retornos melhores.
Quanto às criptomoedas, o presidente da XP afirmou que existe nele “uma parte otimista e outra pessimista”, mas que “todo mundo deveria ter algum tipo de exposição”.
“Eu diria que a chance de dar certo é de 50%, né? Eu diria que é uma reserva de valor similar ao ouro, mas é digital. E talvez o meu otimismo, e por isso que eu coloco 50% é a capacidade desse ativo, dessa commodity na verdade, de se transformar de fato em meio de pagamento, né?
Então, se isso acontecer, a longo prazo, eu acho que a gente conseguiria ter uma transformação no meio financeiro mundial. Obviamente que isso está muito longe de acontecer, mas eu acho que talvez esse caminho me deixe otimista, apesar de eu ter muitas dúvidas, né?
Então assim, é um ativo muito volátil, então é importante que a pessoa tenha uma exposição pequena e eu diria que é isso. Eu não tenho muita opinião, eu não sou especialista nesse assunto, né? Eu dei minha opinião aqui como investidor individual”, concluiu ele.
A XP Investimentos é uma empresa brasileira com mais de 19 anos no mercado financeiro, possui mais de 2,3 milhões de clientes ativos e R$ 436 bilhões em ativos sob custódia, de acordo com o site oficial. A empresa conta com marcas reconhecidas no mercado financeiro, como Clear Corretora, Rico, XP Corretora de Seguros e outras.
A XP inclusive já tentou entrar no mercado de bitcoin em 2018 com a corretora XDEX, com o entusiasta do bitcoin Fernando Ulrich à frente da exchange como economista chefe. O projeto foi encerrado há cerca de 10 meses, citando a dificuldade de empreender em um mercado não regulado.
Assista a entrevista completa abaixo: