O presidente Donald Trump planeja declarar uma emergência nacional na sexta-feira por causa do surto de coronavírus, invocando a Lei Stafford para permitir mais ajuda federal para estados e municípios, segundo fontes da Bloomberg.
A entrevista coletiva acontece hoje às 15h em Washington. Trump conversou sexta-feira com Emmanuel Macron, presidente francês que tuitou sobre a pandemia e concordou em organizar uma videoconferência com líderes mundiais na segunda-feira.
A reunião dos presidentes deve servir para coordenar os esforços de pesquisa sobre uma vacina e tratamentos e trabalhar sobre como responder às consequências econômicas.
Trump está sob crescente pressão para agir enquanto governadores e prefeitos em todo o país estão intensificando ações para mitigar a disseminação, fechando escolas e cancelando eventos públicos.
Declarar uma emergência nacional permitiria ao governo reunir recursos adicionais para combater o vírus, e também marca um ponto de virada simbólico para o presidente, que comparou repetidamente o coronavírus à uma simples gripe sazonal.
As ações dos EUA lutaram para manter os ganhos na sexta-feira. O S&P 500 subiu menos de 1% nas negociações no meio do dia, após subir 6% na abertura, depois do pior dia da bolsa desde 1987.
Pressão política
Os democratas do Senado suplicaram que Trump invoque a Lei Stafford e outros pedidos de declaração de desastre que, segundo eles, liberariam mais de US$ 42 bilhões em financiamento para os estados disponíveis no Fundo de Assistência a Desastres.
Uma declaração de emergência permitiria que um estado solicitasse uma parcela de custos federal de 75% para despesas que incluem equipes de emergência, exames médicos, suprimentos médicos, vacinas, segurança para instalações médicas e muito mais.
Apenas algumas declarações de emergência para ameaças à saúde pública foram feitas desde a década de 1960 e apenas duas foram direcionadas a surtos de doenças, quando o presidente Bill Clinton, em 2000, declarou emergências em Nova York e Nova Jersey em resposta ao vírus do Nilo Ocidental.
Nesta quinta-feira (12), Trump aplicou um banimento geral para viagens da Europa aos EUA para conter a proliferação do vírus; salvo Reino Unido e Irlanda, por 30 dias.