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Tudo o que você precisa saber sobre Dados On-Chain para Análise Técnica

Análise do bitcoin

Antes de qualquer coisa, é importante saber que, no universo das criptomoedas, cada uma delas utiliza uma blockchain – própria ou “emprestada” – seja Bitcoin, Ethereum ou qualquer outra.

Para facilitar o entendimento deste artigo, vamos utilizar o exemplo do Bitcoin, que tem sua própria rede blockchain – assim como o Ethereum. Porém, lembre-se: todas as criptomoedas têm dados on-chain e estão hospedadas em alguma blockchain

Bitcoin e Blockchain

A tecnologia blockchain é a evolução da internet. Ela pode ser comparada a um grande livro razão público e online, no qual é possível rastrear o envio e recebimento de diversos tipos de informações pela internet. 

O mesmo conceito se aplica também ao registro de todas as transações, de forma imutável, de uma moeda virtual. A cada transação, a blockchain registra informações como: a quantidade de moedas transacionadas; o endereço de envio e recebimento; a data e em qual bloco a transação foi registrada.  

Essa é uma tecnologia completamente transparente e, no caso do Bitcoin, qualquer um pode acompanhar todas as transações feitas na rede com todos os detalhes, como o tamanho dos blocos, os horários, valores e endereços de cada transação.  

Os Dados On-Chain

On Chain, em português, significa “na cadeia”. Ou seja, todos os dados on chain, são dados e métricas retirados de dentro da blockchain. Por exemplo, o rastreio das atividades On-Chain dos endereços de troca de Bitcoin, quer dizer quantos bitcoins são mantidos por qualquer carteira, a qualquer momento – assim como a quantidade de BTC que entra ou sai dos endereços das Exchanges. 

Os dados on-chain fornecem informações inestimáveis sobre a liquidez do mercado, o comportamento do investidor e a oferta de BTC. A seguir, vamos exemplificar algumas das principais métricas de dados on-chain utilizadas para entender o mercado de criptoativos. Esses e mais de 80 outros indicadores estão disponíveis no Vector Pro.

O fluxo das criptos 

O saldo das exchanges pode dizer muito sobre a oferta do mercado. O esgotamento do estoque de cripto diminui a liquidez, indicando o sentimento dos investidores e fornecendo informações valiosas sobre o atual comportamento do mercado. Esses movimentos podem ser observados de forma mais clara com o auxílio da ferramenta “Dados de Rede” no Vector Pro, quando selecionado o filtro de Inflow e o de Outflow das exchanges.

Inflow-Outflow

Indicadores de Inflow e Outflow na ferramenta Dados de Rede do Vector Pro

A retirada de criptomoedas das exchanges pode significar que os investidores estão transferindo suas moedas para um armazenamento independente. 

Isto pode ser um sinal de alta, dado que o armazenamento de BTC em suas próprias carteiras pode ser considerado como presumivelmente de longo prazo, o que significa que os investidores estão confiantes no aumento do preço do BTC. 

Em contrapartida, a entrada de capital nas exchanges pode indicar um aumento das atividades de trading, gerando um aumento de oferta e consequentemente um bear market (movimento de queda no mercado). Além da análise do fluxo das exchanges, observar a oferta e endereços serve mais como um indicativo sobre o comportamento dos participantes da rede e, consequentemente, do mercado em geral

Entendendo o conceito de MVRV

MVRV é a sigla usada para a análise Market Value e Realized Value, normalmente utilizada para avaliar topos e fundos do mercado. Essa métrica traz  a relação entre o valor de mercado de um criptoativo e seu valor realizado (Realized Cap).

O Realized Cap é a medida do custo de aquisição dos ativos digitais na última vez que foram transacionados. Em síntese, a capitalização realizada representa o custo total de aquisição de todos os bitcoins em circulação no mercado. Este indicador oferece uma visão valiosa sobre o comportamento dos investidores de criptomoedas, o que já não é tão possível no mercado tradicional, pois a avaliação das ações em circulação está atrelada ao valor de capitalização de mercado atual.

Além disso, ele fornece informações preciosas sobre o comportamento de compra e venda dos traders. Através desta análise, os picos no MVRV indicam que o mercado está no topo, enquanto que as baixas ocorrem durante os momentos em que o mercado está em um período de acumulação

MVRV

MVRV x Preço em Dólar na ferramenta Dados de Rede do Vector Pro

Mineração 

A criação dos blocos e a validação dos hashes, que permitem que as transações aconteçam com segurança, são realizadas por dispositivos que fornecem poder computacional para a rede. Esse processo é a mineração. A mineração, na analogia ao mundo real, é o processo de utilizar recursos para obter uma recompensa que possui uma disponibilidade finita.

A utilização de recursos computacionais é o que se assemelha, por exemplo, ao uso de máquinas de escavação em uma mineração de ouro.

O que é um minerador e o que ele faz?

O minerador de Bitcoin é quem disponibiliza na rede os seus recursos computacionais para a criação de novos blocos e validação de transações.

Em uma transferência é necessário que exista pelo menos uma parte que faça a validação da mesma. No caso do Bitcoin não existe uma entidade central, como um Banco Central ou processadora de pagamentos. Como a rede é descentralizada, os nós da rede atuam como validadores.

Existem vários sistemas de mineração. O Proof of Work (prova de trabalho), usado pelo Bitcoin, consiste em um sistema onde a ideia central é evitar ataques cibernéticos e spam. Ele funciona, como explicado anteriormente, através do esforço de CPUs para realizar as tarefas (cálculos matemáticos) e receber recompensas. 

Principais métricas da mineração

O poder computacional utilizado durante o processo de mineração do Bitcoin é identificado pelo indicador Hashrate. Sua unidade de medida é em hash/segundo. Isso quer dizer a quantidade de cálculos matemáticos que são processados por segundo na rede do Bitcoin.

Outro indicador importante é a dificuldade de mineração. Ele mostra a complexidade dos cálculos que precisam ser resolvidos. Quanto maior a dificuldade de mineração, maior é o poder computacional exigido pela rede. A dificuldade de mineração é ajustada automaticamente a cada 2016 blocos (aproximadamente 14 dias) com base no desempenho apresentado pelos mineradores.

Esses indicadores estão dentro de uma categoria que é denominada de “dados on-chain” ou “dados de rede”. Eles possuem grande importância e são um diferencial em análises bem estruturadas. No Vector Pro, esses indicadores e vários outros dados on-chain estão disponíveis.

Vector Pro

Conclusão 

Mesmo que o universo das criptomoedas seja novo, suas análises vão muito além do “livro de ofertas” ou de parâmetros de compra e venda dos ativos digitais. Pelo contrário, ao olhar para os dados on-chain os investidores abrem um novo leque de monitoramento e interpretação do mercado digital que permite uma análise muito mais estruturada e certeira

Em comparação com mercado financeiro, os dados on-chain representam para as criptomoedas o mesmo que análise fundamentalista representa para o mercado tradicional. Ou seja, uma forma de aprimorar sua visão panorâmica e entender de forma macro o mercado. 

A poderosa ferramenta Dados de Rede está disponível no Vector Pro. Faça um teste gratuito da plataforma e entenda como a nossa plataforma pode te ajudar a melhorar sua performance no mundo cripto.

Para acompanhar mais conteúdo sobre o mundo cripto, confira os artigos do Blog Vector.

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