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Twitter do bitcoiner Jack Dorsey perde US$5 bi após banir Trump

Jack Twitter

Desde a quinta-feira (7), quando o Twitter anunciou a suspensão permanente do agora ex-presidente dos EUA, Donald Trump, as ações da rede social do bitcoiner Jack Dorsey já caíram por volta de 10%. A baixa representou uma perda para o Twitter em cerca de US$ 5 bilhões em capitalização de mercado.

A justificativa, segundo o Twitter, foi a interpretação de que tweets de Trump poderiam estar incitando violência, principalmente após a invasão do Capitólio que ocorreu no dia 6, quando o democrata Biden deveria ser nomeado presidente. No entanto, a discussão sobre censura tomou conta da rede social e não só entre os apoiadores de Trump.

E o banimento não parou em Trump ou mesmo no Twitter, milhares de conservadores foram expurgados da rede enquanto Mark Zuckerberg seguiu os passos de Jack e reafirmou sua decisão em uma publicação.

“Acreditamos que os riscos de permitir que o presidente continue a usar nossos serviços durante este período são simplesmente grandes demais. Portanto, estamos estendendo o bloqueio que colocamos em suas contas do Facebook e Instagram indefinidamente e por pelo menos as próximas duas semanas até que a transição pacífica de poder seja concluída.”, destacou Zuckerberg.

O CEO do Twitter Jack Dorsey, por sua vez, possui a hashtag Bitcoin como bio na sua rede social e é ativo na comunidade de criptomoedas, e acabou sendo duramente criticado por ela.

“É um belo truque ser pró-censura e pró-Bitcoin ao mesmo tempo.”, disse Naval.

Por conta destes e outros eventos, o interesse por redes sociais alternativas cresceu de forma exponencial nos últimos dias. Após atualização que diminui a privacidade do usuário do WhatsApp, o Signal enxergou um aumento de mais de 4200% nos downloads do aplicativo.

O Parler, porém, já sofreu a queda da Apple Store e da Google Play enquanto usuários do Twitter e Facebook pretendiam migrar para lá. Em uma aparente tentativa de martelar o último prego no caixão do app, a Amazon suspendeu seus serviços de hospedagem para o Parler por não tomarem medidas adequadas contra a disseminação de posts que “incitam violência”.

Já o caso do Gab é mais curioso, uma rede social que clama ser pró liberdade de expressão afirmou que certas coisas, como pornografia, não seriam consideradas “expressão” pela plataforma. Após ser criticada pelo desenvolvedor do Bitcoin James Lopp, a Gab apagou o tweet. Vale notar também que o perfil restringe respostas no Twitter.

A única alternativa viável para que todos tenham voz em uma mesma plataforma, sem julgamentos arbitrários e subjetivos que levam à censura, parece ser uma rede descentralizada o suficiente para isso. “Nenhuma plataforma com administradores humanos pode garantir a liberdade de expressão irrestrita.”, tuitou Lopp.

O desenvolvedor ainda explicou que provavelmente o futuro aguarda uma rede social onde tudo seja pago, em um sistema de recompensas descentralizado.

“Qualquer infraestrutura suficientemente descentralizada precisará ter resistência anti-spam. O que significa que teremos que mudar o modelo de mídia social do capitalismo de vigilância para o pague-para-participar.”

Mas qual a sua opinião sobre o assunto? Precisamos de uma plataforma completamente livre ou a moderação do Twitter e Facebook são boas o suficiente? Deixe seu comentário abaixo.

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