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80% dos Bancos Centrais estão desenvolvendo moedas digitais, diz pesquisa

A criação do Plano Real em 1994 trouxe significativas mudanças positivas para a saúde do dinheiro brasileiro, livrando o país da hiperinflação

Um relatório publicado pelo banco multinacional e empresa de serviços financeiros Deutsche Bank afirmou que, a longo prazo, as moedas digitais criadas pelos bancos centrais (CBDCs) devem substituir o dinheiro físico. Uma pesquisa feita pelo Bank of International Settlements mostrou que cerca de 80% dos bancos centrais estão trabalhando no desenvolvimento de suas próprias moedas digitais.

O relatório intitulado: “O que devemos fazer para reconstruir” informa: 

Os bloqueios mundiais e as medidas de distanciamento social apenas aumentaram o uso de cartões em vez de dinheiro. Para responder, as empresas e os legisladores devem criar alternativas para os cartões de crédito e remover as taxas e intermediários. Por enquanto, a prioridade deve ser nos sistemas regionais de pagamento digital.

O uso de meios de pagamentos digitais já estava em uma forte tendência de alta. Porém, a pandemia acelerou esse processo. Suécia e China são os principais países à frente nessa mudança, com suas moedas piloto tendo sido lançadas no início deste ano.

O relatório pede para que Estado Unidos e Europa alcancem o desenvolvimento da tecnologia:

“É indispensável que os EUA e a Europa os alcancem. No entanto, o desenvolvimento em ambos é muito lento. Se outros países não acompanharem, eles podem descobrir que suas empresas são forçadas a adotar as moedas e políticas digitais de outros países como meios de pagamento.”

No momento, a Estônia lidera o desenvolvimento do euro digital.

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Bitcoin e criptomoedas

Essa corrida dos bancos centrais para a criação de moedas e sistemas de pagamentos digitais, pode ser atribuída em parte pela alta demanda dos últimos anos por Bitcoin e demais criptomoedas. 

Atualmente, o market cap do mercado cripto está em torno de US$ 460 bilhões. Um valor que, apesar de ser muito pequeno se comparado ao ouro ou ao dólar, não pode ser mais ignorado, especialmente por conta da sua tendência de crescimento.

As moedas estatais centralizadas, entretanto, não são fortes concorrentes para o Bitcoin. Isso porque a principal característica da criptomoeda é a sua descentralização e a possibilidade do perfeito funcionamento da rede de maneira independe de um regulador central.

Por conta disso o Bitcoin é antifrágil e resistente a censura. Características que não podem ser emuladas por governos.

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