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Amazon pode desvalorizar com crise do coronavírus

Amazon, uma das maiores lojas de comércio eletrônico do mundo, pode sofrer com a crise do coronavírus de forma excepcional. Ela depende de seu estoque no estilo “Just in Time” para gerenciar os negócios. Com a epidemia de coronavírus na China, muitas das remessas poderão se atrasar, causando forte repercussão futura para a empresa.

O modelo “Just in Time” funciona de forma bem literal: não há grandes estoques de produtos, já que são encomendados conforme a demanda cresce. Em contrapartida, há uma grande dependência de fábricas chinesas que precisam estar disponíveis para o envio dos produtos o mais cedo possível.

Mesmo com a Amazon declarando que “não sofrerá atrasos em suas operações”, emails vazados explicitam que a empresa encomendou enormes quantias de produtos “para evitar riscos” na corrente comercial.

Além disso, vale lembrar que o CEO da empresa, Jeff Bezos, foi recentemente notado sacando até 4 bilhões de dólares em ações da Amazon. Talvez o medo do vírus tenha sido a razão? Quem sabe.

Amazon e os lucros do e-commerce

Se apoiando no sistema de “produção por demanda”, além do aproveitamento de baixos custos oferecidos por trabalho na China, a Amazon pôde se estabelecer bem com a eficiência de seu sistema de produção e entrega economizando nos gastos de armazenamento.

Statistic: Net sales revenue of Amazon from 2004 to 2017 (in billion U.S. dollars) | Statista
Receita líquida anual da Amazon, de 2004 a 2019 (em bilhões de US$). Fonte: Feedback Express

Apesar disso, as economias do sistema não são suficientes para trazer lucros significativos para a empresa. Segundo a CNBC, grande margem dos lucros vem do Amazon Web Services, além de publicidades, serviços com inscrições e vendedores terceiros.

A deficiência de produção chinesa já passa a ter efeito global: dos “Fortune 1000” (top 1000 empresas americanas por receita), 94% estão sendo afetadas por problemas nas cadeias de fornecimento de produtos.

Como resultado da disrupção na cadeia, a Amazon poderá sofrer de forma exclusiva com a crise do coronavírus, já que 40% de seus vendedores tem base na China. Mas por agora, as ações da empresa se encontram relativamente estáveis.

Valor da Amazon na bolsa NASDAQ, no último semestre. Fonte: Yahoo! Finance

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