O Bitcoin começou a semana passada fragilizado depois da divulgação dos números de inflação norte-americanos. O resultado foi um banho de água fria nos investidores que esperavam uma redução na inflação e se depararam com um cenário contrário.
Além disso, a ativação do The Merge no Ethereum, que vinha movimentando os mercados de criptomoedas, aconteceu com sucesso e ativou também o famoso jargão “Comprar o boato e vender a notícia”. O hype antes do evento movimentou o mercado e ajudou a elevar o preço do ETH e do BTC, porém, após o evento, as vendas jogaram tanto BTC como ETH para baixo.
Os touros conseguiram segurar a força de venda e, com isso, o BTC iniciou a semana passada acima de $20 mil – aguardando a divulgação da nova taxa de juros do FED. Como era esperado, a taxa de juros subiu, devido às preocupações com a inflação e o sentimento de baixa voltou a tomar conta do mercado, levando o BTC novamente para o nível de US$ 18 mil e, no acumulado de 7 dias, o BTC enfrenta uma queda de 4,30%.
Agora, todos os olhos estão voltados para o movimento das baleias, já que dados on-chain revelam que cerca de 620 mil Bitcoins foram enviados para exchanges nesta semana, injetando um liquidez bilionária no mercado em um momento em que os volumes de negociação estão menores devido às preocupações macroeconômicas.
Dados da Glassnode revelam que baleias que acumulam bitcoin entre 7 e 10 anos estão vendendo seus BTCs em uma quantidade que só foi observada neste ano quando o colapso do UST levou a falência do ecossistema Terra (hoje Terra Classic) e fez o mercado de criptoativos perder mais de US$ 1 trilhão de valor.
Para esta semana, a tendência ainda é de negociação lateral com dois níveis a serem observados: o suporte na faixa de US$ 18 mil e a resistência entre US$ 20 mil e US$ 21 mil.
No lado do suporte, se ele for perdido, os ursos têm grandes chances de terem sucesso em levar o Bitcoin para US$ 15 mil – que pode atuar como um efeito rebote: uma queda para US$ 15 mil deve ser seguida por uma alta imediata para US$ 16.500.
Dificilmente este suporte de US$ 15 mil será perdido, tendo em vista a força compradora que vem obtendo sucesso ao longo de todo o ano em manter o nível de US$ 18 mil, o que indica força compradora forte em níveis mais baixos.
Do lado da resistência, se ela for quebrada, os touros abrem caminho para um novo teste em US$ 23 mil e depois em US$ 25 mil, nível que também encontra muita dificuldade para ser rompido no momento tendo em vista que o cenário macroeconômico vem atuando como uma mão invisível que controla o gráfico neste momento.
Essa análise foi escrita por especialistas em criptomoedas da Bybit e enviada ao Cointimes.