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Arcade City, o “Uber descentralizado”, agora é desenvolvido no Bitcoin e critica Ethereum

aplicativo mapa uber

Após desistir da blockchain do Ethereum, o Arcade City anunciou seu retorno pela blockchain do Bitcoin. 

Depois de alguns anos de atividade inconsistente no Twitter, demonstrando grande insatisfação com a rede Ethereum, insinuando que esta funciona apenas para fraudes, divulgando discursos antivacina, e criticando as medidas de saúde e segurança do governo do Rio de Janeiro em relação ao coronavírus, o Arcade City anunciou seu retorno.  

O aplicativo, que promove o mesmo serviço de carona e entregas do Uber – porém com transações peer-to-peer, anteriormente era baseado na blockchain do ETH. No entanto, em 2021, o Arcade City informou aos usuários que estaria migrando para a blockchain do Bitcoin e, ontem, anunciou em uma thread no Twitter que está de volta.

Na thread, o projeto informa que está “desenvolvendo produtos e protocolos que não podem ser impedidos para serviços P2P na economia do Bitcoin.” O Arcade City já está sendo criado na “layer 3” do bitcoin, baseada na Lightning Network, e estará disponível globalmente para Android, iOS e web a partir de julho

Um dos motivos dados para a migração é que com bitcoin, “os motoristas não vão esperar uma semana para serem pagos – eles podem ser pagos instantaneamente.” A escolha ocorreu pois o projeto acredita que o BTC “oferece inclusão financeira a milhões de pessoas que de outra forma foram esquecidos.”

O site do projeto alega que “muitas pessoas no espaço da blockchain ETH estão focadas em ajudar os ricos a ficarem mais ricos, enfatizando luxos de primeiro mundo como arte digital ou mundos virtuais arbitrários.” 

“Eu amo o serviço e a proposta do Arcade City, mas esse tipo de comentário não gera valor para vocês. A comunidade cripto já é pequena, por que polarizar e atacar outras blockchains dessa maneira?”

No entanto, a versão de 2016 do Arcade City tinha seu próprio token baseado em ERC20 (ou seja, na rede Ethereum), que foi comprado por muitos apoiadores do projeto. Em relação a isso, o projeto declarou que “nossa shitcoin foi uma perda de tempo, e não temos planos de migração dela para a nova versão do aplicativo.” 

“Pode ser que façamos uma recompra quando nossa receita permitir. Os detentores dos [tokens] ERC20 de 2016 ou 2017 podem trocá-las por SAFE notes, sujeitos à nossa aprovação.”

Inicialmente, os 3 principais focos de mercado do Arcade City para o relançamento serão o Texas, as Filipinas e o Brasil. 

O perfil do projeto, respondendo a um brasileiro no Twitter, disse que parte da limitação é a tradução do aplicativo para o português brasileiro, mas que isso deve melhorar nos próximos meses.

Respondendo outro usuário brasileiro, o perfil do Arcade City informou que o motivo das críticas em relação ao ecossistema Ethereum está, na realidade, ligado a um grupo que não faz mais parte da equipe. O tweet alega que o grupo roubou os fundos levantados para o lançamento de outro projeto, que também foi roubado e faliu. 

“O ARC foi nosso token em 2016. Todos os fundos arrecadados foram imediatamente roubados por nossos desenvolvedores ETH, que o usaram para começar o @SwarmCityDApp”

O tweet também alega que houve um anúncio explicando para o público e investidores o que aconteceu com o token, mas a explicação não foi satisfatória para muitos. A falta de clareza e transparência gerou desconforto para quem acredita na possibilidade de um plano mais concreto e honesto de reembolso para os investidores. 

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