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Argentina tem pior inflação em 30 anos e população usa Bitcoin como escapatória

Bitcoin no meio de um local desolado

A Argentina sofre com a pior inflação dos últimos 30 anos, alcançando 102,5% em 12 meses. Para fugir desse quadro caótico, muitos argentinos estão encontrando nas criptomoedas a liberdade e estabilidade que a moeda estatal não dá. 

É o caso de Ernesto C., um trabalhador da indústria alimentícia na cidade de Córdoba a 70 km de Buenos Aires, ele começou a comprar a stablecoin USDT para contornar as sanções governamentais às compras de dólar. 

“Dessa forma, você também evita ir a cuevas [casas de câmbio ilegais]”, disse ele ao jornal Buenos Aires Herald. 

Os argentinos não podem comprar mais que US$200 por mês oficialmente. Por não serem físicas e terem o valor 1:1 atrelado ao dólar, as stablecoins como o USDT se tornaram ótimas saídas para preservar o valor do dinheiro. 

Apesar de muito utilizada, a USDT não é o criptoativo mais popular no país vizinho e sim o bitcoin (BTC).  A primeira criptomoeda do mundo é a favorita dos argentinos, pois ela é realmente descentralizada e passa mais confiança que moedas governamentais. 

Uma pesquisa da Morgin Consult, mostrou que 60% dos argentinos confiam mais nas criptomoedas que no peso. 

Controle de preços, picanha e a inflação 

Parte da população argentina votou no atual presidente, Alberto Fernández, com a promessa de que carne voltaria a ficar barata e que os argentinos teriam cerveja em abundância. 

A estratégia funcionou, mas a população que queria picanha está recebendo miséria e menos liberdade. 

O governo anunciou no começo de fevereiro o controle de preços de alguns itens populares, dentre eles o da carne. Como resultado, o país famoso por suas carnes de qualidade agora espera por falta do alimento nas prateleiras. 

O fazendeiro Darío Magio, da província de Saladillo em Buenos Aires, diz que parará de produzir carne de boi, de porco e galinha com as novas medidas do governo. 

Nosso papel como agricultores é produzir alimentos, mas se o governo está tirando 60 de cada 100 pesos que ganho, chego a um ponto em que não consigo mais produzir e viver”.

Bitcoin foi criado para isso

O governo argentino é o exemplo perfeito do porquê precisamos do bitcoin. Um país que já foi extremamente rico e admirado, conseguiu se afundar em medidas populistas, destruir sua moeda e economia em poucas décadas. 

A única saída para muitos dos nossos vizinhos é partir para o plano B de Bitcoin. 

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