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Auditoria da FTX estava no metaverso, revela administrador

Homem com óculos de realidade aumentada em uma quadra poliesportiva

Após a implosão da FTX, a empresa declarou falência e os representantes dos que perderam dinheiro com a fraude logo descobriram alguns dados impressionantes. 

De acordo com John J. Ray III, administrador apontado pela corte de Delaware para investigar e garantir o melhor interesse dos norte-americanos afetados pela FTX, ele  nunca viu tamanha falha de controle corporativo e  “ausência de informações financeiras confiáveis”:

“Nunca em minha carreira vi uma falha tão completa dos controles corporativos e uma ausência tão completa de informações financeiras confiáveis como ocorreu aqui. Da integridade de sistemas comprometidos e supervisão regulatória defeituosa no exterior, à concentração do controle nas mãos de um grupo muito pequeno de indivíduos inexperientes, não sofisticados e potencialmente comprometidos, essa situação é sem precedentes.”

Vale ressaltar que Ray III foi o responsável por supervisionar o pedido de falência da infame Enron, empresa que fraudou balanços financeiros por anos e resultou em um prejuízo bilionário lembrado até hoje. 

Auditoria da FTX no metaverso? 

O administrador da massa falida dividiu a empresa em quatro “silos” ou subdivisões que abarcam todos os negócios do Grupo FTX.  Dentre os silos, o denominado “Dotcom” (Pontocom) contém todas as corretoras e negócios de corretagem relacionados à FTX.com. 

O documento com os achados de Ray III revelou que o silo Dotcomfoi auditado pela empresa Prager Metis, cujo site indica ser a “primeira empresa CPA a abrir oficialmente sua sede no metaverso na plataforma Decentraland.”

John joga dúvidas sobre a veracidade e integridade das auditorias efetuadas por essa empresa com representação no metaverso. 

Tenho preocupações substanciais quanto às informações apresentadas nestes documentos auditados demonstrações financeiras, especialmente com relação ao Silo Dotcom. Na prática, não considerem apropriado que as partes interessadas ou o Tribunal confiem nas demonstrações financeiras auditadas como indicação confiável da situação financeira desses Silos.” – afirmou Ray III

A aparente falha nas auditorias da FTX é apenas mais uma peça no quebra-cabeça de uma das maiores fraudes do mercado de criptomoedas e para você entender mais sobre como essa fraude começou, produzimos um podcast sobre o surgimento da FTX:

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