Um novo relatório da Financial Crimes Enforcement Network (FinCen) revelou que as instituições bancárias dos Estados Unidos pagaram um total de US$1,2 bilhão (equivalente a R$ ~5 bi) em criptomoedas como Bitcoin e Monero em eventos de resgate de dados em 2021.
Os dados mostram que o número de ataques de ransomware (sequestro de dados) em troca de criptomoedas às instituições financeiras mais que dobrou entre 2020 e 2021, saindo de 602 casos para 1489.
Em conjunto, todos os casos somaram cerca de US$1,2 bilhão em pagamentos de sequestro. O relatório também mostra a quantidade de incidentes por data (azul) e quando eles foram reportados para o FinCen (vermelho):

Os hackers sabem da importância e também do poder das instituições financeiras e por isso o valor dos sequestros chega a uma média de meio milhão de reais por incidente.
“O valor médio de incidentes relacionados a ransomware durante o período de análise foi de US$ 135.000, um pequeno aumento em relação ao incidente médio valor de US$ 102.273 relatado anteriormente” – afirma o órgão estatal.
Ataques superam a capacidade norte-americana de defesa
O problema cresceu a uma tamanha dimensão que uma reunião com 36 países e empresas privadas como Microsoft, Siemens, Telefônica e Tata está acontecendo para discutir maneiras de pará-los.

Segundo a Bloomberg, um alto oficial da Casa Branca afirmou que os ataques cibernéticos estão crescendo em sofisticação e quantidade, superando a capacidade norte-americana de interrompê-los.
A reunião começou na segunda (1/11) e o Brasil está envolvido em conjunto com outros países como Alemanha, Bulgária, Espanha, Suíça, Ucrânia, EAU, Israel, Estônia, México, Suíça e Japão.