Aprovada recentemente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), foi divulgado em nota pelo Banco Central do Brasil que haverá a emissão de novas cédulas no valor de R$ 200.
A nova cédula não só dificulta o trabalho de quem trabalha dando troco em estabelecimentos comerciais, mas deve também expandir a base monetária do país.
Ao responder o Cointimes sobre esta questão, o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central disse em live:
“A expansão monetária vem exatamente da linha de maior demanda do público por papel moeda que a gente tem observado desde março e abril. Já vemos o crescimento tanto pelo papel moeda em poder do público, seja o papel moeda emitido na condição específica da economia brasileira atual, dentre outras pelo impacto do Auxílio Emergencial.
A expansão da base monetária já vem ocorrendo nos últimos meses e essa medida do BC vai ao encontro com a demanda da população brasileira com objetivo de sancionar essa demanda e não haver nenhuma escassez de meio circulante.
É importante repetir o comentário da diretora de que não há relação mecânica ou direta com essa expansão de base monetária que já vem ocorrendo nos últimos meses, entre a medida anunciada hoje e a inflação. Esta continua baixa, estável e comportada, com o Banco Central analisando o comportamento da inflação sem que haja perspectiva de elevação.”
Portanto, a falta de dinheiro realmente demandou por um aumento na quantidade de reais no país, de acordo com a visão do BC. Devido a mudanças no padrão de comportamento dos consumidores durante a pandemia de coronavírus, a Casa da Moeda passou a trabalhar muito mais rápido do que o normal.
Em países como a Argentina, a crise parece estar ainda mais severa, segundo o El País a impressão de dinheiro não pára em nenhuma hora do dia e mesmo assim falta dinheiro nas ruas.
Embora os economistas tradicionais possam não enxergar uma relação direta deste problema com a inflação. Os austríacos, que inclusive usam uma definição diferente para a palavra, discordam.
Fernando Ulrich, economista conhecido por defender o Bitcoin, deu sua opinião sobre a notícia no Twitter:
Banco Central anuncia nova nota de R$200.
— Fernando Ulrich (@fernandoulrich) July 29, 2020
Esse é o sinal da inflação acumulada nas últimas décadas.
O real perdeu mais de 80% de seu poder de compra desde 1994.
Nossa maior nota (R$100) vale menos de US$20.
US$100 seriam uma "nota de R$500".
"Guardião da moeda", dizem eles.
“O mesmo fenômeno que fez a moeda de 1 centavo sumir é o que faz a nota de R$200 surgir. Adivinhem qual o nome dele?”, disse Ulrich.
Mas qual a sua opinião sobre o assunto? Quais serão as consequências de um afrouxamento das políticas monetárias? Deixe seu comentário abaixo.