- Bitcoin caiu -2% nas últimas 24 horas, mas acumula ganhos de 15% em 7 dias;
- Alta de preços do petróleo contribui no fantasma inflacionário.
Após alguns dias consecutivos de ganhos, o Bitcoin (BTC) foi rejeitado em US$ 45.000 e caiu cerca de -2% em 24 horas. A maioria das altcoins também retrocedeu hoje, com Cosmos (ATOM) entre as poucas exceções.
Confira no Resumo de Mercado de hoje como a alta da inflação global, aliado à alta da taxa de juros nominal e real, uma moeda desvalorizada frente ao dólar, pode tornar o Brasil alvo preferencial dos investidores estrangeiros.
Bitcoin rejeitou mais uma vez os US$ 45.000
Após a montanha-russa da semana passada, que aconteceu quando a Rússia invadiu a Ucrânia, o bitcoin começou a recuperar valor e chegou bem perto de US$ 40.000.
Embora tenha parado lá no início, o ativo quebrou esse nível em 28 de fevereiro e continuou subindo em direção às máximas semanais.
A criptomoeda de maior capitalização de mercado chegou a encostar em cerca de US$ 45.000 no início de março. De fato, o BTC atingiu esse nível duas vezes nos últimos dois dias, mas não conseguiu violá-lo com sucesso.
A última rejeição veio ontem. O Bitcoin excedeu brevemente esse nível e marcou uma nova alta de 3 semanas, mas os ursos se sobressaíram e o empurraram para o sul em US$ 43.340.
Nesta manhã, uma alta semanal de mais de 15% elevou a capitalização de mercado do ativo para US$ 820 bilhões. Sua dominância líquida está em torno de 65,50%, segundo o Coingolive.
Poderíamos presumir que o início de uma lamentável guerra seria a oportunidade para uma capitulação. Entretanto, observando os dados sobre lucro e perdas on-chain do BTC, esse comportamento não foi concretizado.
Investidores de curto prazo provavelmente já entregaram a toalha ao longo da correção. Em comparação com as quedas anteriores, o recente sell-off não foi tão significativo.
Entenda também os dados coletados pelo Cointrader Monitor: Mesmo com alta no preço, volume de Bitcoin no Brasil cai mais de 11% em fevereiro
O fantasma inflacionário
As bolsas de valores em alta em nível global foram resultado da incerteza que toma conta dos mercados, com queda global no dólar e fortalecimento de alguns mercados emergentes.
No atual contexto de alta da inflação global, aliado à taxa de juros nominal e real em posição privilegiada no mundo, um Real ainda desvalorizado frente ao dólar, pode converter ainda mais o Brasil em um alvo preferencial dos investidores estrangeiros, independente das adversidades políticas locais.
Muitos dos apertos monetários que eram constantemente adiados por bancos centrais agora deverão ser cumpridos, o que pode ocorrer na velocidade previamente programada, ou seja, sem atropelos e nosso Banco Central pode mesmo manter o ritmo esperado recentemente.
Tudo isso obviamente vai depender sempre da extensão e conclusão do conflito na Ucrânia e na saída esperada para o mesmo, contando que ele não escale para uma terceira guerra mundial.
O problema da inflação global, que se torna inevitável a cada dia que se arrasta o conflito, deve impactar também no preço das commodities. O benefício para a economia brasileira é relativo, pois viria do equilíbrio deste possível fluxo de capital valorizando o real (BRL).
A alta de preços do petróleo contribui no fantasma inflacionário.
Os futuros do petróleo West Texas Intermediate, referência do petróleo dos EUA, atingiram US$ 112 por barril durante a sessão de ontem, um preço visto pela última vez em maio de 2011. Já o brent chegou na máxima do dia perto dos US$ 120 o barril, mais precisamente aos US$ 119,84.
Altcoins turbulentas
As moedas alternativas passam por turbulências nos preços após o início da “operação militar especial” da Rússia. As máximas mensais foram tocadas ontem, mas houve também retração hoje.
O ether (ETH) ultrapassou US$ 3.000 por um momento, mas não conseguiu manter esse nível e caiu cerca de 3%, para US$ 2.900.
Cosmos (ATOM) está entre as altcoins que amanheceram ganhando pontos. ATOM subiu mais de 4% em um dia e agora está acima de US$ 30.
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O resultado das principais altcoins nas últimas 24 horas é o seguinte: Ethereum (-4,03%), Binance Coin (-1,65%), Ripple (-1,53%), Terra (-0,61%), Solana (-5,48%), Cardano (-5,21%), Avalanche (-4,81%), Polkadot (-3,86%), Dogecoin (-2,48%) e Shiba Inu (-4,79%).
De acordo com o CoinGoLive, a capitalização de mercado de todos os ativos cripto chegou a cerca de US$ 1,99 trilhões nesta quinta-feira.
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