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Blockchain Festival SP: identidade digital e debate alto nível

blockchain festival

Sempre há espaço para aprender, mas, mais ainda, debater: essa foi a ideia central do Blockchain Festival, que aconteceu em São Paulo, no último dia 23 de maio. Algumas palestras, estudos de caso, e painéis com temas variados dentro do universo da tecnologia.

O dia começou com uma apresentação de Ronaldo Lemos, doutor em Direito pela Harvard e um dos criadores do marco civil da Internet. No foco do seu discurso: identidade digital, e como sua ausência permite que nossas redes sejam inundadas por fake news, perfis falsos, fraudes bancárias, e toda uma cadeia de acontecimentos prejudiciais à credibilidade e segurança. Uma possível solução para o problema? Não é tão difícil de se supor nesse contexto: o blockchain.

Lemos defendeu que, quem resolver o problema da ausência da camada de identificação digital, será o dono da internet no futuro. O “Santo Graal” do momento, em suas palavras.

Hoje, no Brasil, trabalha-se com o que Lemos apontou como uma “pseudoidentidade digital”, que é utilizada, segundo ele, por apenas 5 milhões de pessoas, deixando 195 milhões de fora. Uma forma errada de fazer as coisas, e um problema que seria solucionado com a implementação do blockchain no setor público. De forma mais barata, acessível e escalável, e permeando o sonho de nunca mais precisar levar um documento a um órgão público.

A programação seguiu com temas apresentados por especialistas, profissionais da área e entusiastas, e bateu em teclas importantes e sempre em constante transformação: como sua empresa pode se beneficiar com o blockchain, seu uso na rastreabilidade de alimentos, como a burocracia pode ser diminuída (sou descrente de que ela possa ser extinguida um dia), ICOs x IPOs (um dos debates mais acalorados), finalizando com democracia digital, entre outros assuntos. Até mesmo a relação de aplicação do blockchain no futebol foi tema para um dos estudos de caso, do qual trataremos com mais detalhes no Cointimes no futuro.

Painéis de debates

A diferença de custos e execução, além de variação de experiência e escopo foram aspectos impactantes apontados no painel que discutiu ICOs x IPOs. Os convidados foram Anderson Thees, da Redpoint Ventures, mediador; Courtnay Guimarães, da Idea Partners, empresa de consultoria para ICOs; Fernando Ulrich, especialista e criptos da XP Investimentos; e Régio Martins, da B3 (antiga Bovespa).

Em outro painel, os aspectos regulatórios no Brasil foram  tema. Um dos presentes na mesa, Bruno Balduccini, advogado do escritório Pinheiro Neto, defendeu que seria adequado se esperar antes de regular o mercado do blockchain no Brasil. Já Gustavo Fosse, do Banco do Brasil, foi a favor da tecnologia disruptiva pedindo padronização, enquanto Gustavo Paro, Microsoft, relativizou os mercados de cada país e suas posições quanto à regulamentação.

Na próxima semana,  nos dias 28 e 29 de maio, São Paulo também receberá o Blockspot Conference Latam 2018, que foi o primeiro evento de Blockchain e Criptoeconomia da Península Ibérica.

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