Após nove meses com o bitcoin como moeda oficial, El Salvador ainda enfrenta sérios problemas de adoção, principalmente com a Chivo – a carteira governamental de bitcoin.
A Chivo já foi lançada com funções que vão contra o ethos do bitcoin, a versão atual conta com a necessidade de identificadores pessoais que ficam guardados com o governo, permitindo o rastreamento de todas as transações de bitcoin com a carteira.
Isso se a carteira funcionar corretamente. Relatos de erros se tornaram comuns nas redes sociais de turistas e moradores locais, alguns impedem o gasto de bitcoin, outros não localizam o recebimento e provavelmente há tantos que desconhecemos.
A Chivo é um desastre. Aliás, todos os bitcoins dos usuários dela estão nas mãos de empresas desconhecidas pelo público, há boatos afirmando que a Binance estaria por trás de parte da solução.
Quão desastroso seria se a carteira fosse hackeada?
AlphaPoint resgatará a Chivo?
Para tentar estabilizar a carteira, o governo de El Salvador decidiu contratar a norte-americana AlphaPoint. Ela é uma empresa prestadora de serviços diversos, como corretoras white label de criptomoedas, custódia e tokenização.
Inclusive, a Alphapoint já prestou serviços para algumas corretoras brasileiras, entretanto, perdeu boa parte do mercado após alguns anos.
“Ninguém nunca tentou executar um projeto desse tamanho. Nós da AlphaPoint temos a honra de estar envolvidos no processo e fornecer as soluções escaláveis e confiáveis necessárias para este grande empreendimento. O aplicativo Chivo atualmente suporta milhões de salvadorenhos, muitos pela primeira vez acessando serviços financeiros”, disse Igor Telyatnikov, cofundador e CEO da AlphaPoint.