A comunidade do bitcoin está perplexa com um novo ataque anunciado às claras na Bloomberg pelo Co-fundador da Ripple Labs em parceria com o Greenpeace.
A campanha “Change the Code, Not the Climate“, anunciada hoje (29) pelo bilionário Chris Larsen (Co-fundador da Ripple) em parceria com grupos ativistas como o Greenpeace na Bloomberg, foi criada para atacar o consenso do bitcoin.
Serão investidos 5 milhões para financiar por meio de propaganda em publicações nas principais mídias mundiais, ações de ativistas locais e grupos organizados como o Greenpeace, uma campanha que tem por objetivo de mudar o código do bitcoin para Proof of Stake (Prova de Participação – PoS) ou outro protocolo mais eficiente.
A ideia é diminuir o consumo de energia do bitcoin, baseado atualmente em prova de trabalho (PoW na sigla anglófona). Essa mudança está sendo feita na plataforma Ethereum e em tese seria possível também para o bitcoin.
Entretanto, para diversos meios de comunicação bitcoiners e para a comunidade como um todo a campanha foi descrita como um “ataque” ao bitcoin.
“Isso é o que o Greenpeace está acostumado, fazendo da manipulação sua fonte de renda, agora através da Ripple, simplesmente ridículo”, afirmou um usuário do Twitter. “O sistema bancário atual consome muito mais energia do que a rede do Bitcoin”, disse outro bitcoiner.
“Bitcoin Greenpeace”, o possível hardfork financiado por bilionários
Segundo Larsen a mudança no consumo de energia do Bitcoin poderia ser feita via soft fork ou até mesmo via hard fork.
Nesse último caso teríamos duas criptomoedas, uma com o mesmo consenso baseado em PoW e outra em qualquer outro consenso escolhido pelo grupo de bilionários financiando a campanha.
Chris Larsen espera que outros bilionários e entidades se unam a ele para pressionar o fork.
“Estamos nesta campanha a longo prazo, mas esperamos – particularmente porque o Bitcoin está sendo financiado por entidades e indivíduos que se preocupam com as mudanças climáticas – que possamos obrigar a liderança a concordar que este é um problema que precisa ser resolvido.”, disse Michael Brune que está incumbido de dirigir a campanha. “Goldman Sachs, BlackRock, PayPal, Venmo, Fidelity – há muitas empresas que antecipamos que serão úteis para este esforço.” afirmou Brune à Bloomberg.
Isso significará que cada pessoa que tem BTC também poderá ganhar uma fração de “Bitcoin Greenpeace de bilionário”. Também significará que quanto mais rico você é, mais dinheiro você fará com o PoS.
Mentiras de bilionários contra o Bitcoin
Apesar de ser verdade que o bitcoin consome muita energia por transação on-chain em comparação com outros protocolos como a Nano e até mesmo o ETH 2.0, o cálculo não coloca em perspectiva outros sistemas internos e externos.
Primeiramente, há outras camadas/sidechains do bitcoin que consomem menos energia e permitem grandes quantidades de transações como a Lightning, RSK e a Liquid. Essas camadas podem efetuar potencialmente milhões de transações por segundo gerando um footprint ecológico minúsculo e diminuindo o gasto por transação do BTC.
Além disso, Chris não coloca o sistema de moeda estatal em perspectiva.
Toda a infraestrutura bancária custa recursos, assim como a enorme burocracia estatal composta de senadores e deputados (ávidos consumidores de jatinhos particulares), milhares de pessoas trabalhando para os Bancos Centrais, exércitos financiados com fiat e diversos outros custos indiretos para manter o sistema fiat funcionando.
O que você achou do “ataque” de Chris Larsen contra o consenso do Bitcoin? Para ficar ligado nas principais notícias e ataques ao bitcoin entra no canal Telegram do Cointimes e siga nosso perfil no Twitter.