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Coinbase está testando o controverso sistema IA da Clearview

O Coinbase foi anunciado como um dos mais de 2000 clientes da empresa Clearview. Desenvolvedora de tecnologias de segurança, foi duramente criticada por seu sistema de reconhecimento facial “roubar” e armazenar quase 3 bilhões de fotos de redes sociais, sem as devidas permissões.

A startup ainda acumulou problemas jurídicos pela sua Inteligência Artificial contra a Google, Facebook e Twitter, e outros sites, por “uso indevido e violação de diretrizes” de imagens.

Ironicamente, a startup começou suas operações em um porte relativamente pequeno, com US$7 milhões em seus fundos, de acordo com o site Pitchbook.

No entanto, possui milhares de clientes, e muitos de alta relevância: até o FBI, o Serviço Secreto e a Interpol fazem parte dos usuários de seus serviços. Muitos desses órgãos utilizam o banco de dados para, por exemplo, identificar fugitivos.

A controvérsia

Segundo dados da própria Clearview, fotos de pessoas foram extraídas de “milhões de sites”, e participaram “de 2.200 departamentos de aplicação da lei, agências governamentais, e empresas em 27 países”.

A questão da privacidade, claro, entra em jogo: fortes repercussões negativas surgiram do uso da IA. Não só foram confrontados com casos jurídicos, mas também estão sendo aclamados como “aqueles que acabarão com a privacidade” no mundo da tecnologia, segundo matéria do NY Times.

O uso da IA para a Coinbase

A Exchange testou a IA “para ver se o serviço poderia reforçar significativamente nossos esforços para proteger funcionários e escritórios contra ameaças físicas e investigar fraudes”, segundo um porta-voz.

Não é a primeira vez que a Coinbase se vê em um escândalo de privacidade. Anteriormente, em março de 2019, foi acusada de “compartilhar dados pessoais de consumidores”.

Clearview se defende

CEO Hoan Ton-That já se pronunciou algumas vezes contra as críticas, alegando de que o software é “estritamente para a lei”. Ademais, prometeu que o seu funcionamento está restrito “apenas aos EUA e Canadá”.

Esta afirmação, porém, pode ser questionada: muitos dos clientes aparentam ser de regiões da Europa e Ásia, por exemplo.

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