Fernando Collor de Mello ficou conhecido por popularizar o Elba, sofrer impeachment com ajuda do irmão e principalmente pelo confisco de poupanças em 1990. Mas, com a ajuda das redes sociais e provavelmente um staff lotado de millenials a figura política do ex-presidente está mudando.
- O Collor “Zueiro”
- Brincadeira é mais real do que parece
- Plano Collor mundial
O Collor “Zueiro”
Collor vem mudando seu tom nas redes sociais, recentemente, passando a responder todos seus “vários fãs” com mensagens curtas e muitas vezes bem irônicas. A nova fase de seu Twitter pode significar muita coisa, mas nós preferimos chamá-la de “Collor Millenial”.
Vai se fuder, bandido do caralho. Tuas mãos tão sujas de sangue e ninguém esquecerá as pessoas que foram pro fundo do poço por tua conta! A História estará aqui sempre pra lembrar
— sim, tem um maluco no pedaço🔴⚫🇧🇷 (@omarcuscuz) June 5, 2020
Respondendo a vários tweets com tons de ironia e memes de sua própria carreira política, retirada de entrevistas e outras mídias já transmitidas em rede nacional, Collor parece estar “ou com uma equipe nova de marketing, ou em um grande período de ócio”.
Brincadeira é mais real do que parece
Ao ser perguntado sobre a seriedade do tweet, Matheus (@notismathevs) respondeu ao Cointimes: “Não amigo, fiz só pela brincadeira. Minha vó provavelmente nem sofreu tanto com isso na época. É apenas e exclusivamente uma brincadeira”.
Mas enquanto Matheus afirmou se tratar apenas de uma brincadeira, ela traz um fundo de verdade. É fato que nem todo mundo recebeu de volta o empréstimo compulsório tomado pelo governo Collor, por isso mesmo ele é chamado popularmente de confisco.
O Plano Collor foi realizado em época de hiperinflação no Brasil, quando os preços dos produtos subiam todos os dias, e em um efeito “bola de neve”, os consumidores com medo do dia seguinte tendiam a consumir ainda mais.

Então o governo achou justo “travar” a poupança das pessoas em uma tentativa de reduzir o consumo, para diminuir o inflação. Não funcionou, e a inflação só se aproximou da meta do governo novamente após o Plano Real durante o governo Itamar Franco.
E embora Collor tenha afirmado que o dinheiro teria sido devolvido em 1992, em plano de indenização aos prejudicados realizado no ano passado, cerca de 109 mil pessoas conseguiram fazer acordos, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça.
Mas de acordo com apuração da UOL, o número ficou bem abaixo do esperado, já que, segundo a Febraban, existem mais de 1 milhão de ações e recursos pedindo indenização na Justiça.
Grande Plano Collor Mundial
Em live com a XP Investimentos Luis Stuhlberger, um dos maiores gestores do país e criador do Fundo Verde, afirmou que estamos presenciando um grande Plano Collor mundial.
Stuhlberger acredita que os títulos do governo caminham para se tornarem impagáveis:
“Eu acho que a gente caminha para essa dívida ser impagável… e provavelmente essa dívida vai ficar impagável não por causa do coronavírus, mas por causa dos problemas da previdência”
Como resultado, isso criaria uma crise nas moedas estatais e nosso dinheiro fiat não valerá nada.
“Isso é que eu chamo, às vezes eu brinco de chamar e essa expressão é minha, do grande plano Collor mundial. Um dia você vai acordar e ver que seu dinheiro não vale nada e que você não pode sacar do banco.”
Então, o gestor afirmou que o Bitcoin será melhor que o dinheiro:
“As pessoas vivem me perguntando, qual que é melhor? É ouro? bitcoin? terra?
É difícil saber. Provavelmente tanto ouro, quanto bitcoin, quanto terra vão ser melhores que dinheiro.”
Saiba mais sobre O Grande Plano Collor Mundial. Você acha que o Collor deveria realmente devolver o confisco da poupança? Comente abaixo ou em nossa página do Facebook!