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Como 4,3 milhões de investidores cripto perderam $46 bilhões

Federal Reserve imprimindo mais dinheiro

Cinco grandes empresas de criptomoedas que entraram em colapso no ano passado – FTX, Celsius, Voyager, BlockFi e Genesis – falharam porque ofereciam aos clientes retiradas instantâneas, enquanto seus ativos estavam presos em investimentos arriscados e ilíquidos, numa tentativa de gerar retornos insustentáveis.

Além disso, devido à possibilidade de os clientes sacarem seus fundos instantaneamente, muitas vezes disponível na palma da sua mão via app, a velocidade dos saques foi histórica, segundo um estudo de Radhika Patel e Jonathan Rose do Federal Reserve Bank de Chicago.

O Report do FED

O relatório apresenta os colapsos de forma gráfica, dando aos leitores uma melhor ideia da escala e velocidade com que 46,5 bilhões de dólares sumiu – grande parte dos quais nunca mais foi vista.

Segundo o relatório, “não é como se os clientes tivessem feito filas pessoalmente'”.

Ou, de fato, como no colapso do Northern Rock no Reino Unido em 2008, quando os clientes também faziam filas nas ruas para retirar seu dinheiro.

No total, os colapsos de criptomoedas afetaram 4,3 milhões de usuários.

Eles foram atraídos por rendimentos de juros tipicamente de 7,4% a 9%, mas às vezes até 17% – todos irrealistas em um ambiente de baixas taxas de juros.

Celsius e Voyager sobreviveram a corridas iniciais apenas para sucumbir mais tarde. Ambas as empresas foram atingidas por duas corridas bancárias. As segundas corridas foram menores, mas naquele momento seus balanços estavam tão frágeis que colapsaram.

Detalhe que a corrida de 7,8 bilhões de dólares na FTX ofuscou todas as outras.

Mas, em cada caso, a porcentagem de saídas foram inferiores a 40% .

Voyager e Celsius sucumbiram ao colapso da stablecoin TerraUSD e à implosão do hedge fund Three Arrows Capital (3AC). Eles haviam emprestado dinheiro para a 3AC, mas não haviam garantido os empréstimos, disse o Fed de Chicago, já a BlockFi e Genesis foram derrubadas pela FTX.

Os pequenos investidores foram os mais prejudicados. O Fed de Chicago diz que grandes investidores institucionais foram os mais rápidos a retirar seu dinheiro das exchanges falidas, deixando os menores players segurando a bomba.

“Enquanto as plataformas tinham muitos clientes de varejo, as corridas foram lideradas por clientes com grandes participações, alguns dos quais eram institucionais sofisticados… Os proprietários de contas de grande porte, com mais de $500.000 em investimentos, foram os mais rápidos a sacar e retiraram proporcionalmente mais de seu financiamento. Na verdade, durante esta corrida, 35% de todas as retiradas na Celsius foram feitas por proprietários de contas com mais de 1 milhão de dólares em investimentos, de acordo com nossas estimativas”, diz o relatório.

A queda da FTX foi sete vezes maior que as anteriores

Esse colapso é destacado em um gráfico separado devido à escala das retiradas ser muito maior do que as outras. A FTX relatou saídas de 37% dos fundos dos clientes, quase todos retirados em apenas dois dias.

O relatório também ilustra o impacto devastador das corridas bancárias em empresas que não possuíam reservas de caixa suficientes para lidar com retiradas em massa.

Isso levou à falência de várias dessas empresas, resultando em perdas substanciais para milhões de investidores.

Os colapsos das empresas de criptomoedas em 2022 servem como um lembrete sombrio dos riscos associados aos investimentos em criptomoedas.

As promessas de altos retornos podem ser atraentes, mas os investidores devem estar cientes de que esses investimentos também podem levar a perdas significativas.

Conclusão

Em resumo, o estudo do Federal Reserve Bank de Chicago destaca a importância de compreender completamente esses riscos antes de investir em criptomoedas.

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