O projeto EcoDeath existe desde a segunda quinzena de março de 2021 e nasceu depois que a empresa HouseNFT de especialistas em blockchain observou os impactos que os enterros nos cemitérios causavam ao meio ambiente, em especial durante a pandemia.
Para se ter uma ideia dos problemas que um enterro comum pode causar ao meio ambiente, pensamos na poluição dos lençóis freáticos por contaminação direta do necro-chorume, aquele líquido resultado do processo de decomposição do cadáver.
Fora a contaminação do solo não apenas do cemitério, mas em um raio de até 400m², causado pelo mesmo motivo agravado por cemitérios atualmente estarem dentro de grandes centros urbanos.
Além do desmatamento de árvores, provocado pela construção de caixões, em que pelo menos 1 milhão de árvores são utilizadas. E por fim a poluição do ar, por conta de toda a logística envolvida nas várias etapas de transporte.
Todo esse processo, além de prejudicial, causa grande impacto financeiro para as famílias que precisam desse serviço, pois possui um alto custo no Brasil e no mundo.
NFTs de caixões com doces
Por todas essas razões, pensar em opções mais ecológicas para se enterrar pessoas não é uma má ideia. Desta maneira, a empresa criou uma coleção de 4444 NFTs bem humorada de caixões com terra, doces, ouro, Egito e magia. Embora o assunto seja mórbido, o foco defendido pela empresa é o ecológico.
Roni Santos, um dos sócios da HouseNFT explica que a EcoDeath pretende utilizar a tecnologia como ponto de partida para desenvolver o Enterro Verde no Brasil, onde todos os processos são ecológicos e de menor custo em relação aos modelos atuais.
“Escolhemos a rede Solana, pois é onde cada transação consome menos energia que 2 pesquisas no Google. A arte do projeto está finalizada, e estamos estruturando a estratégia de marketing para atendermos o público ecológico e consumidores de NFT”, conta.
Valores e o processo
Sobre os valores de venda dos NFTs, 10% será aplicado para manter o time ativo, 10% em marketing e 80% no desenvolvimento do projeto. Roni conta que, com tudo isso, acredita que o projeto tem um futuro não apenas como alternativa ecológica, mas como investimento por um longo prazo.
“A data de mint está para ser anunciada, porém será dentro dos próximos 2 meses. Após a venda, iremos seguir com o Roadmap apresentado, onde temos pontos como compra do floor, lançamento do token, produtos digitais especiais, ferramentas na blockchain, recuperação do solo por meio de reflorestamento massivo e serviços especiais para holders como airdrop do token, Stake do NFT, ferramentas especiais, votação em determinados processos e participação de resultados dos investimentos da Ecodeath com o projeto Enterro Verde, que será disponibilizado para empresas privadas e órgão governamentais. Além destes, ainda há atualizações adicionais do Roadmap que iremos incluir após venda”, conta Santos.
Parcerias
A House NFT em parceria com o Grupo Fama concluíram que é possível criar um projeto para arrecadar fundos e financiar uma alternativa mais ecológica, sustentável e barata para todos os envolvidos por meio da Hidrólise alcalina Aquamação ou cremação por água.
“Nesse processo o corpo é inserido em um cilindro, semelhante a cremação, mas este é submergido em uma solução de água é alcalina, aquecida em alta temperatura e pressão, assim decompondo toda a matéria orgânica e deixando apenas os ossos. Esse processo consome, por corpo, menos de um quarto da energia elétrica de uma cremação, e usa água equivalente a 1 dia e meio de uma família comum de acordo com dados de Philip Olson e SABESP.”
Santo conta que esse processo não possui impactos ambientais no lençóis freáticos ou solo, visto que a água pode ser reutilizada ou descartada via tratamento de esgoto, nem possui o ar, visto que não há emissão de gases.
“Além disso o custo pode chegar a cerca de 70% o valor de uma cremação e não utiliza o espaço que de um enterro, evitando este gasto e se tornando valor 6x menor que de um sepultamento comum”, exemplifica Roni.