Em uma tentativa de desvendar potenciais fraudes e melhor compreender o mercado de criptomoedas, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) voltou suas atenções para as corretoras de criptomoedas atuantes em território brasileiro. Nesta última terça-feira (26), o Deputado Ricardo Silva (PSD-SP), confirmou a aprovação da quebra de sigilo bancário e fiscal de várias dessas instituições.
Entre as corretoras afetadas estão grandes nomes como Mercado Bitcoin, Foxbit, Binance Holding UY S.A., Bitso e várias outras. A medida tem por objetivo principal entender os mecanismos internos destas empresas e analisar possíveis práticas irregulares.
Ricardo Silva, ao discursar, enfatizou que a iniciativa não deve ser vista como um ataque direto às empresas, mas sim uma oportunidade para entender profundamente o mercado de criptomoedas e garantir práticas mais transparentes. Ele reiterou que a “CPI tem a mesma regra para todos“, lembrando que procedimentos semelhantes já haviam sido aplicados à corretora Binance anteriormente.
A proposta busca elucidar o fluxo monetário dos investidores e como as corretoras têm operado no país. “Queremos uma visão panorâmica e transparente do setor para que nosso relatório final seja equilibrado e embasado”, disse o deputado.
No contexto mais amplo, as autoridades brasileiras têm intensificado seu olhar sobre o mercado de criptomoedas, preocupadas com potenciais esquemas fraudulentos que tiram proveito da insegurança e do pouco conhecimento da população sobre a criptoeconomia.
É esperado que os resultados desta investigação forneçam uma maior clareza e segurança para os investidores e estabeleçam diretrizes claras para as corretoras que operam no Brasil.