A Vegan Nation, um marketplace vegano sediado no Reino Unido, está sendo intimada pela Justiça do Amazonas a pagar US$600 mil, equivalente a R$3,3 milhões, para o time de futebol Esporte Clube Iranduba, devido a uma suposta fraude envolvendo uma criptomoeda vegana, a vegancoin.
A Vegan Nation firmou um acordo de patrocínio com o clube no ano de 2019 para a divulgação da marca. Contudo, ficou definido que o pagamento da empresa seria feito em vegancoins, criptomoeda supostamente utilizada no marketplace para a compra dos produtos veganos.
Foi definido que a Vegan Nation pagaria 1,2 milhão de vegancoins para o time amazonense que, em tese, teriam uma cotação de 0,50 centavos de dólar, totalizando um pagamento de cerca de US$600 mil dólares.
Porém, de acordo com o time, o token nunca chegou a ser lançado no mercado, não é listado em exchange e não possui valor real. Segundo a justiça:
Percebe-se que o contrato estava viciado desde sua gênese, ao estabelecer uma obrigação inexequível, pelo fato de não haver liquidez das vegancoins, em detrimento dos interesses do autor, que por sua vez projetou a marca dos requerido e fez compromissos de toda sua atividade esportiva no ano de acordo com o patrocínio celebrado.
Amarildo Dutra, presidente do clube, durante entrevista no Jornal A Crítica, criticou a posição da empresa:
Vamos usar as vegacoins de enfeite? Quando assinamos o contrato, o representante deles na época passou que seria em maio (a entrada da moeda no mercado). Não adianta me passar moedas sem valor. Eles fizeram a cotação em dólar.
O CEO da Vegan Nation afirmou que o presidente do Iranduba sabia que o pagamento seria feito em Vegancoins, e que este não é um investimento de curto prazo. A empresa também realizou contratos com outros clubes brasileiros, incluindo Paysandu, Remo e Nacional.
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