O Wikileaks recebeu um aumento significativo de doações em seu endereço de Bitcoin após a prisão de seu fundador, Julian Assange.
Momentos antes da prisão, o Twitter do Wikileaks postou a página de doações contendo o endereço de bitcoin que irá ajudar a custear a defesa de Assange:
Até agora foram feitas 198 transações para o endereço de Bitcoin
39o6E2qascmB5rNwFtJU6ug5PXZx5K2ED3 , totalizando 3,99 BTCs ou algo em torno de R$77 mil. Das 198 transações, pouco mais de 70 foram feitas hoje
Além de receber doações em bitcoin, Wikileaks também aceita moeda fiat via Mastercard, Amex e até transferência bancária.
Fora Bitcoin, a organização está aceitando Zcash, a criptomoeda privada que até agora tem um saldo de 10 ZECs ou ~R$2.600,00, via endereço transparente. Doações anônimas também são possíveis utilizando a mesma criptomoeda, mas com o endereço privado.
A instituição foi uma das primeiras a aceitar Bitcoin, ainda em 2011, quando a Visa, Mastercard e a maior parte dos bancos do mundo bloquearam, a mando do governo norte-americano, todas as contas do Wikileaks.
Assange ficou detido na embaixada equatoriana em Londres desde Agosto de 2012, quando o país resolveu dar asilo.
Corrupção do atual presidente do Equador
Após uma troca de poder no governo equatoriano, as coisas mudaram para Assange, que foi privado da internet e mal tratado dentro da embaixada.
O ressentimento do atual presidente, Lenín Moreno, com o Wikileaks se deve ao vazamento dos Panamá Papers. Segundo o The Guardian, Lenín poderia estar envolvido em escândalos de corrupção utilizando offshores no Panamá.
Enfim, a soma dos interesses escusos de Moreno, com o interesse de melhorar as relações Equador/Estados Unidos resultou na prisão do fundador do WikiLeaks.
Ainda é possível que Assange seja extraditado para os Estados Unidos, onde poderia ser condenado à prisão perpétua.
Para ajudar na defesa de Assange e ver todos os métodos de doação basta acessar o Blog do Wikileaks.