- O declínio do dólar como reserva de valor mundial está erodindo nos últimos 20 anos, mostra novo estudo do FMI (Fundo Monetário Internacional)
- Reservas de valor “não tradicionais” começam a fazer parte da composição de reservas internacionais de diversos países
A composição das reservas internacionais dos bancos centrais ao redor do mundo está se afastando do dólar, com destaque para moedas não tradicionais (diferentes do euro, dólar, yen e libra esterlina).
De níveis negligentes até a crise de 2008, as moedas não tradicionais alcançaram 10% das reservas mundiais em 2021, com valor nominal de US$1,2 trilhão, conforme mostra o gráfico abaixo:
“O declínio não é o resultado do acúmulo de reservas por um pequeno número de grandes detentores de reservas com preferência por moedas não-dólares. Nem é uma invenção de mudanças em cobertura nacional ou cambial de pesquisas de composição de reservas. Em vez disso, reflete o portfólio ativo diversificado por gestores de reservas do Banco Central.”
afirmou o estudo “”A erosão furtiva da dominância do dólar: diversificadores ativos e a ascensão das moedas de reserva não tradicionais.“
Bitcoin como reserva internacional não tradicional
Apesar de não ser citado no estudo, o Bitcoin se encaixa perfeitamente na definição de “reserva monetária não tradicional” e já está sendo utilizado por alguns países.
O Estado que mais usa a criptomoeda como reserva é El Salvador, contando com o equivalente a US$75 milhões em BTC.
O governo ucraniano também conta com reservas em bitcoin, vindas de doações do mundo todo apoiando os esforços de guerra contra a Rússia. O país do leste europeu conta com o equivalente a US$31 milhões em diversas criptomoedas e tokens digitais, segundo dados da Dune Analytics.
Recentemente, o governo russo afirmou que poderá aceitar pagamentos em bitcoin pela exportação de recursos naturais como petróleo e gás, o que poderá adicionar o maior país do mundo em área como um dos maiores detentores da criptomoeda.