O mercado de mineração de criptomoedas não para de crescer apesar do banimento chinês às atividades. A Genesis Digital, uma das maiores empresas de mineração de bitcoin do mundo, anunciou a captação de US$125 milhões para uma expansão agressiva.
A empresa fundada em 2013 já colocou mais de 300 mil mineradores online e minerou mais de US$1 bilhão em bitcoin. Atualmente ela detém 2,6% do hashrate do btc no mundo, mas com o investimento milionário a empresa quer dobrar o poder computacional até 2023 e pretende ter a capacidade de 1 gigawatt.
Consumindo mais energia que o Brasil gerava em solar
Para colocar em perspectiva, 1 gigawatt é equivalente à geração energética de 110 milhões de LEDs e 3 milhões de painéis fotovoltaicos. Também é a mesma quantidade usada por Marty McFly e Doutor Brown para viajarem até 21 de outubro de 2015 no clássico De Volta para o Futuro.

De acordo com a Absolar, o Brasil alcançou em 2019 o total de 1 gigawatt em geração distribuída solar, incluindo instalações residenciais, empresariais e públicas.

O valor é realmente impressionante. Mas não se compara ao consumo total do bitcoin, que chega a 142 TWh, ou um consumo comparável a da Ucrânia.
Apesar dos números estratosféricos, a mineração de bitcoin pode ajudar na aceleração da adoção de energias renováveis como a nuclear ou solar, como explico no podcast “Cortaram a energia dos mineradores chineses, e agora?| Bits Semanais #14“.
A própria Genesis Digital se comprometeu a utilizar fontes de energias limpas nas fazendas de mineração, de acordo com a reunião do Conselho dos Mineradores de Bitcoin dos EUA – na qual a Genesis participou.
“Nossa missão é fornecer a infraestrutura que irá alimentar a revolução do sistema monetário de código aberto” – afirmou Abdumalik Mirakhmedov, co-fundador da Genesis.
Fontes: Energy.gov, Portal Solar, Genesis Digital