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Estado Islâmico testa o uso de NFTs para seu financiamento

Estado islâmico está testando o uso de NFTs

O primeiro caso de token não-fungível (NFT) com temática terrorista surgiu, um cartão digital elogiando militantes islâmicos por um ataque a uma posição talibã no Afeganistão no mês passado, de acordo com a inteligência dos EUA.

Segundo uma publicação do Wall Street Journal, O NFT chamado “IS-NEWS #01” apresenta o emblema do Estado Islâmico. Mesmo que retirado de mercados populares de NFTs, como OpenSea e Rarible, o token ainda está disponível em uma plataforma chamada IPFS.

Motivo para preocupação

Ex-oficiais da inteligência dos EUA acreditam que este incidente indica uma mudança de estratégia por parte de grupos terroristas. Eles acreditam que esses grupos estão tentando escapar das sanções e restrições às atividades de arrecadação de fundos, alavancando tecnologias emergentes como as NFTs.

De acordo com o pesquisador Raphael Gluck, esta é mais provavelmente a maneira do grupo terrorista testar uma nova forma de arrecadação de fundos, já que não estava listada para venda. 

“É muito mais uma experiência para encontrar maneiras de tornar o conteúdo indestrutível,” acrescentou ele.

O ex-analista da inteligência federal Mario Cosby disse ao WSJ que derrubar o NFT seria um desafio devido a sua natureza “à prova de censura.”

O incidente chamou a atenção dos reguladores, o que não é uma boa notícia para a indústria cripto mais ampla, uma vez que ela já está sob forte escrutínio após o colapso do ecossistema da Terra.

O papel do mercado cripto no financiamento do terrorismo

Este pode ser o primeiro incidente envolvendo NFTs, mas o uso de criptomoedas por organizações terroristas têm levantado preocupações em vários países. No início deste ano, as autoridades israelenses confiscaram 30 carteiras de contas em exchanges associadas ao grupo militante palestino Hamas.

Autoridades israelenses alegaram que as contas confiscadas estavam sendo usadas pelo Hamas para financiar campanhas terroristas contra seu país.

Entretanto, de acordo com um relatório da Coinbase, as transações associadas à descoberta de terrorismo representam menos de 0,05% de todo o volume ilícito na indústria cripto.

Uma conversa sobre política de inovação do setor financeiro realizada pelo Departamento do Tesouro dos EUA no ano passado observou o papel das criptomoedas como uma “ferramenta para financiar o terrorismo.” 

Essa conversa resultou no pedido de que legisladores e reguladores em todo o painel colaborassem em políticas que limitassem o uso de cripto no financiamento do terrorismo, entre outras coisas.

No início deste ano, a União Europeia aprovou uma nova legislação em uma tentativa de fortalecer sua estrutura para combater transações ilícitas. De acordo com a nova lei, as transações cripto serão mantidas nos mesmos padrões que as transferências tradicionais de dinheiro quando se trata de rastreabilidade para impedir o financiamento do terrorismo, lavagem de dinheiro, etc.

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