Segundo informação da Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal, o empresário foi preso acusado de organizar o esquema de pirâmide da empresa Telexfree, sendo sócio do fundador James Merril.
O mandato de prisão veio, originalmente, do governo dos Estados Unidos, e a motivação seria a suspeita de fraudes.
De acordo com processos no STF, existem mais de 11 mil ações cíveis em tramitação na Justiça contra Wanzeler por pessoas físicas, além de 15 ações penais e uma ação civil pública por conta do caso.
O empresário teve sua nacionalidade removida em razão da aquisição de sua cidadania norte-americana. Quanto ao processo de extradição, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro explicou:
“A decisão do Supremo Tribunal de determinar a perda da nacionalidade brasileira do Sr. Wanzeler abre um perigoso precedente. A defesa entende que, mesmo com a perda da nacionalidade, não é cabível a extradição pois o agora cidadão americano responde a processos no Brasil pelos mesmos fatos que fundamentaram a prisão dele nos EUA. Nestes casos, ele tem o direito de responder ao processo no Brasil.”
Entenda sobre o caso
Para quem não acompanhou, o fundador da Telexfree, James Merril, admitiu ser culpado por “fraude e conspiração” para a Justiça de Massachusetts, de acordo com o WSJ.
Ambos Merril e Wanzeler haviam sido acusados de montar um esquema de pirâmide financeira para a venda do serviço de telefonia Voip. O serviço-fachada acabou atraindo 1 milhão de pessoas.
Foi programado para ter seu julgamento em fevereiro de 2017, porém ficou no aguardo até o fim do ano passado, 2019.
O esquema arrecadou, aproximadamente, um bilhão de dólares, com promessas de “200% de retorno financeiro garantido”, dentre outros.
Carlos Costa, outro sócio da Telexfree, ainda teve prisão preventiva na tentativa de abrir sua “própria empresa de marketing multinível”.