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FMI discute as “vantagens” das CBDCs para inclusão financeira

Participantes da Live do FMI onde foi falado sobre CBDCs e inclusão financeira

Entre as vantagens discutidas pelo Fundo Monetário Internacional, a programabilidade para limitar o uso deste dinheiro para funções específicas determinadas pelos Bancos Centrais e sistema de créditos sociais. CBDCs e inclusão financeira será um assunto recorrente.

Reunião do FMI sobre CBDCs e inclusão financeira

Na sexta-feira, 14 de outubro, o FMI transmitiu uma reunião chamada “Moedas Digitais do Banco Central para Inclusão Financeira: Riscos e Recompensas”.

Os oradores foram:

  • A Rainha Máxima da Holanda, que também é Advogada Especial do Secretário-Geral da ONU para financiamento inclusivo;
  • Kristalina Georgieva, Diretora Administrativa do FMI;
  • Bo Li, Diretor Administrativo Adjunto do FMI;
  • Cecilia Skingsley, Diretora do Centro de Inovação do BIS.

A reunião foi sobre a inclusão financeira global, que os oradores defenderam ter melhorado nos últimos dez anos, mas quase um quarto da população adulta do mundo ainda não tem conta bancária.

Espera-se, de acordo com o Fundo Monetário Internacional, que as Moedas Digitais do Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) sejam instrumentos acessíveis, amplamente aceitos e seguros, que solucionem questões de inclusão financeira da população mundial.

Programabilidade e usos específicos do dinheiro

O Diretor Administrativo Adjunto do FMI, Bo Li, acredita que um dos principais papéis de inclusão financeira que podem ser exercidos pelas CBDCs é em relação à sua programabilidade.

Bo Li afirma que, em um ambiente digital, podem ser criados contratos inteligentes que permitiriam que instituições públicas ou privadas, definissem usos específicos do dinheiro para seus usuários.

“O contrato inteligente permitiria funções de políticas direcionadas [programas sociais], como pagamentos de bem-estar, cupons de consumo, vale-refeição, etc. Com os CBDCs, podemos controlar com precisão o que as pessoas podem e não podem possuir. Além disso, para que tipo de uso esse dinheiro pode ser programado, como apenas para comida.”

Reprodução do vídeo, com Bo Li, Diretor do FMI, dizendo o trecho "Com os CBDCs, podemos controlar com precisão o que as pessoas podem e não podem possuir".
Fonte: FMI Live Stream (00:20:10)

CBDCs podem forçar a sociedade em uma direção desejada

A Diretora do Centro de Inovação do BIS, Cecilia Skingsley, também se pronunciou dizendo que acredita que a maior parte das inovações devem vir do setor privado e que o setor público precisa deixar a iniciativa privada trabalhar, mas que existem casos em que é necessário um “empurrão” para que as coisas funcionem. Fazendo alusão à medidas coercitivas que podem ser proporcionadas pelas CBDCs.

“Precisamos ser um pouco ousados aqui no sentido de que não devemos atrapalhar o setor privado, mas acho que às vezes na história você tem que empurrar a sociedade para novos equilíbrios. Os antecessores fizeram isso muito bem quando se tratava de construir o sistema de esgoto, elétrico e as luzes. E agora queremos fazê-lo novamente com o dinheiro, o que seria bom para os bancos”.

Diretora de inovação do BIS dizendo que "algumas vezes na história precisamos empurrar a sociedade", sobre CBDCs e o uso do dinheiro.
Fonte: FMI Live Stream (00:28:33)

CBDCs, privacidade e sistema de créditos

Quando questionado sobre como os dados transacionais poderiam ser usados, Bo Li explicou: “Posso dar um exemplo na China, esses dados transacionais podem ser utilizados por prestadores de serviços na subscrição de crédito”.

A subscrição é o processo pelo qual o credor decide se um requerente é digno de crédito e deve receber um empréstimo. “Esses dados de transação em termos de quantos cafés bebo todos os dias, onde compro café, uso o UBER todos os dias e que tipo de horas de trabalho tenho.”

“Esses dados não tradicionais podem ser muito úteis para os provedores de serviços financeiros me fornecerem uma pontuação de crédito e, com base nessa pontuação de crédito, os provedores de serviços podem me fornecer uma linha de crédito sem qualquer due diligence presencial.”

Ele continua dizendo que isso “criará valor além do financiamento e que os dados podem ser muito lucrativos, e é desse valor que estamos falando para torná-lo atraente para os atores do setor privado ingressarem nesse ecossistema”.

É como o modelo chinês, mas cada país tem a opção de fazer diferente. Há privacidade limitada. O FMI, o Banco Mundial e o BIS também estão administrando muitos bancos centrais nesses novos produtos.

Sobre a questão da privacidade de dados, Cecilia Skingsley, diretora do BIS Innovation Hub, explicou:

“O que acabamos de ouvir de Bo sobre pontuação de crédito foi um exemplo muito bom de como diferentes países farão jornadas diferentes para um ‘novo mundo’, onde servirão suas sociedades no espaço digital.”

“Todos nós teremos preferências diferentes e essa preferência por privacidade ou anonimato é complicada”. E ela continuou dizendo: “Que vale a pena abrir mão de um pouco de privacidade para obter segurança”.

“É assustador a naturalidade com que questões autoritárias são discutidas abertamente”. (opinião do autor).

Assista o stream do Fundo Monetário Internacional sobre CBDCs, na íntegra:

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