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Fórum Econômico Mundial advoga por censura global da internet em novo relatório

Klaus Schwab, fundador e executivo do FEM. Fonte: Fórum Econômico Mundial.

Um grupo constituído por nações-estado e grandes organizações tecnológicas está se formando no seio das reuniões do Fórum Econômico Mundial (FEM), é a Coalizão Global para a Segurança Digital”, que pretende policiar “conteúdo e condutas perigosas na internet”. 

O grupo é composto, atualmente, pelos governos da Austrália, Reino Unido, Indonésia, Singapura, Ucrânia, Bangladesh, um executivo da Microsoft e um dos fundadores da Two Hat – empresa de inteligência artificial para moderação de conteúdo online. 

“Com mais de 4,7 bilhões de usuários de internet em todo o mundo, as decisões sobre qual conteúdo as pessoas devem ser capazes de criar, ver e compartilhar online tiveram (e continuam a ter) implicações significativas para as pessoas em todo o mundo.”

– afirma a página oficial do Fórum Econômico Mundial

Inicialmente a ideia parece muito positiva, como a utilização de algoritmos para prender predadores sexuais e outros criminosos do tipo, contudo, quando o tema é liberdade de expressão e pontos de vista políticos, o Fórum Econômico parece extremamente enviesado. 

Extrema-direita é o único alvo político citado:

O Fórum Mundial cita grupos de direita como possíveis alvos da censura online:

“Nos EUA, a Insurreição do Capitólio de 6 de Janeiro levou a um olhar mais profundo sobre como grupos como o QAnon foram capazes de se organizar online e exigiu uma melhor compreensão da relação entre plataformas sociais e atividades extremistas.

Infelizmente, este não é um problema novo; um relatório da Comissão Real da Nova Zelândia destacou o papel do YouTube na radicalização do terrorista que matou 51 pessoas durante as orações de sexta-feira em duas mesquitas em Christchurch em 2019.” – afirma o FEM ao explicar o framework global para internet.“

Grupos radicais de outros espectros políticos que causam destruição ao patrimônio privado e atos terroristas não foram sequer citados ou adicionados como preocupação nas páginas do site da organização ou no relatório de 28 páginas “WEF Advancing Digital Safety”.  

Grandes plataformas apoiam a ideia

Há menos de 1 ano, grandes empresas de tecnologia criaram o “Fórum Global da Internet contra o Terrorismo“ (GIFCT em inglês), que segundo o Human Rights Watch e outras 14 organizações em defesa da liberdade de expressão ameaça direitos básicos. 

Em uma carta contra o GIFCT, as organizações afirmam que as empresas de tecnologia têm usado inteligência artificial para remover conteúdos legais como sátiras e material jornalístico:

“Agora, à medida que as empresas membros do GIFCT usam cada vez mais algoritmos de aprendizado de máquina para detectar e remover conteúdo, erros estão sendo cometidos. Há evidências de que processos destinados a remover conteúdo terrorista têm o efeito contra-produtivo de remover o discurso antiterrorismo, sátira, material jornalístico e outros conteúdos que, sob a maioria dos marcos legais democráticos, seriam considerados discurso legítimo.

 Em particular, a documentação dos abusos dos direitos humanos está desaparecendo a uma taxa surpreendente. [2] Isso dificulta o jornalismo e o trabalho humanitário, e coloca em risco a capacidade futura de mecanismos judiciais para fornecer remédios às vítimas e responsabilização para autores de crimes graves, como genocídio.” – afirma uma carta da HRW e outras 14 organizações pró-liberdade de expressão contra a GIFCT.

Apesar disso, a GIFCT continua operando e o Fórum Econômico Mundial pede uma maior cooperação das empresas com os governos:

“…é necessária uma coordenação mais deliberada entre o setor público e privado – hoje, o lançamento da recém-formada Coalizão Global para a Segurança Digital tem como objetivo alcançar esse objetivo.”

Redes apoiadas na tecnologia Bitcoin contra a censura:

Apesar dos ataques constantes à liberdade de expressão, redes de compartilhamento de conteúdo que usam a tecnologia do bitcoin estão se formando. 

Uma delas é a Zeronet, que utiliza endereços de bitcoin como se fossem endereços da web em uma rede na qual não existe servidor central, uma espécie de internet de torrents. Cada nova pessoa no site ajuda no comparttilhamento de dados e pode usar o endereço de BTC para ajudar os criadores. 

As atualizações no site são feitas usando criptografia de chave pública, garantindo a autenticidade do conteúdo, ao mesmo tempo que mantém a descentralização e segurança de quem compartilha o conteúdo. 

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