Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, é protagonista quando se fala de economia internacional. O bilionário excêntrico está movimentando a economia global, seja através de diplomacia ou através de ameaças e embargos econômicos.
Não é novidade para ninguém que Donald Trump está conduzindo uma guerra comercial contra a China através do aumento de tarifas para produtos chineses em solo americano. A China também responde com aumento de tarifas sobre produtos americanos. O objetivo disso é claro: Trump quer proteger a economia americana na competição de produtos chineses.
Até agora, o protecionismo tem dado certo na economia americana. Os níveis de desemprego estão em 4%, os mais baixos da história e a economia dos Estados Unidos apresenta um crescimento consistente. Ações estão em alta apesar de sustos e o setor de construção civil continua crescendo. O crescimento da economia norte-americana pode ser visto abaixo:
Contudo, surgem dúvidas: até quando o governo americano será capaz de continuar sustentando essa queda de braço com os chineses? Uma guerra comercial desacelera o crescimento global, porque força a China e outros parceiros comerciais como União Europeia e Canadá a adotarem uma postura mais protecionista.
Apesar de terem mais empregos disponíveis, os americanos estão pagando mais caro por produtos chineses. Isso significa que automóveis e até mesmo o iPhone ficaram mais caros. O argumento de Trump é que os Estados Unidos entraram em péssimos acordos comerciais na gestão anterior.
A Guerra Comercial, por outro lado, acabou beneficiando o Brasil, que viu suas exportações de soja para a China subirem 18% desde então. O que mostra que o Brasil pode ocupar um espaço da pauta na economia chinesa, que já importa 1/4 das nossas exportações.
Petróleo a 60 dólares e impacto na economia global
Também não é novidade que Trump esteja manipulando indiretamente o preço do petróleo através das sanções ao Irã e apoio a Arábia Saudita. A Arábia Saudia está extraindo e exportando petróleo como nunca havia feito antes. A imagem abaixo retrata isso:

Isso inunda o mercado com o “ouro negro”, pressionando seu preço para baixo. Obviamente, Trump aplaude e incentiva a Arábia Saudita a manter o ritmo acelerado de produção, visando baixar ainda mais o preço do Petróleo, o que beneficia a economia americana.
Há quase 1 semana, Trump fez o seguinte tweet: “Preço do petróleo está ficando mais baixo. Ótimo! Isso é como um grande corte de impostos para a América e o mundo. Aproveitem! $54, foram apenas $82. Obrigado Arábia Saudita, mas vamos baixar ainda mais!”
https://twitter.com/realDonaldTrump/status/1065225779825598465
O mercado de petróleo talvez seja um dos mais importantes para a economia mundial. O petróleo basicamente está presente em quase todos os estágios de produção de diferentes indústrias: tecnologia, combustíveis, logística e muitos outros ramos.
Ou seja, qualquer variação muito vultosa no seu preço pode trazer impactos econômicos que são sentidos diretamente em nosso cotidiano. O preço do petróleo em baixa beneficia os países dependentes dessa fonte energética e prejudica aqueles que são exportadores. Nesse momento, o barril do petróleo está cotado a US$ 60, o menor patamar em 1 ano.

Com o preço em baixa, existe uma pressão menor sobre o preço dos combustíveis e da energia. Isso ajuda a manter a inflação sob controle, o que favorece a manutenção de uma baixa taxa de juros por parte dos bancos centrais. E é exatamente isso o que Trump quer: ir contra o FED para manter os juros baixos para continuar aquecendo a economia norte-americana.
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