Enquanto o Bitcoin possui uma emissão de moedas decrescente através do “halvings“, chegando ao fim apenas por volta de 2140, o Monero já vê a sua última mudança considerável em relação à emissão monetária nesta semana.
Diferente do Bitcoin, na rede Monero não existe um fim para a emissão de novas unidades de XMR, e também não possui cortes pela metade (halvings). Podemos dizer que a diminuição da inflação monetária no Monero é mais sutil, diminuindo gradativamente até chegar a chamada “tail emission”.
Programada para o bloco 2.641.623, que foi minerado na noite de quarta-feira, a tail emission basicamente fixa a recompensa de bloco em 0,6 XMR para sempre. As recompensas de bloco estão em um nível pouco acima disso porque elas são compostas também pela taxa de transação de cada envio confirmado naquele bloco, conforme pode ser checado no explorador localmonero.
Essa emissão fixa de 0,6 para sempre serve para que os mineradores tenham sempre um subsídio assegurado como um incentivo à atividade, garantindo que exista um hashrate dedicado à segurança do Monero mesmo que os usuários não estejam pagando taxas altas ao transacionar.
Por outro lado, por conta da tail emission a altcoin anônima não possui um limite máximo de unidades como o Bitcoin e a maioria das outras criptomoedas, o que é visto como uma desvantagem por alguns investidores do setor.
Porém, como a taxa de emissão é fixa, isso significa que a inflação em porcentagem diminui ano após ano e se aproxima de zero com o tempo. A moeda é inflacionária, mas a inflação é decrescente e programada, assim como a do Bitcoin é até 2140.
Apesar do acontecimento histórico, o Monero (XMR) opera nesta quinta-feira em baixa de 1,5%, acumulando perda semanal de 8,9%, acompanhando o bear market do mercado cripto mais amplo. No momento da escrita desta matéria, XMR trocam de mãos a US$ 183 nas bolsas de criptomoedas, segundo dados do Coingolive.