A Arábia Saudita proibiu o bitcoin, mas não se assuste, há algumas tendências que determinados países geralmente seguem. Vou explicar melhor o que aconteceu na Arábia Saudita e os motivos que levaram ao banimento do bitcoin.
Será que o Brasil vai seguir o mesmo caminho?
Panorama da Arábia Saudita
Até 1930 a Arábia Saudita era um país pobre, composto de pastores e pequenos produtores. A descoberta de enormes reservas de petróleo modificaram o panorama do país.
O petróleo é responsável por 90% das exportações do país, representa mais de 40% do PIB e é o motor econômico e político do reino.
Sim, a Arábia Saudita é um reino. Uma monarquia absolutista teocrática, que até junho desse ano proibia mulheres de dirigir. Falando em mulheres, por lá elas podem fazer de tudo. E o governo se orgulha disso.
Vestir a roupa que quiserem, desde que seja a burca. Viajar, desde que acompanhadas. E claro, ir ao cinema, sempre acompanhadas.
Aliás, o cinema foi permitido após três décadas de banimento, cinema é uma atividade muito profana. Apesar dos “grandes” avanços, alguns príncipes realmente não gostam do bitcoin.
Como é o caso de Al-Waleed bin Talal, ele disse que “um dia o bitcoin vai implodir”.
Para acompanhar o que está acontecendo com a Arábia Saudita e a situação dos direitos humanos por lá, ouça o podcast do Xadrez Verbal:
Surpresa na proibição do bitcoin na Arábia Saudita ?
A Arábia Saudita entra para grupo de países que baniram a compra do bitcoin. Vamos ver quem está nesse grupo?
Venezuela, Marrocos, Cuba, Equador são alguns exemplos de países que baniram a criptomoeda.
Do outro lado nós temos países que não apenas aceitaram, mas viraram hubs de inovação. Alguns exemplos são Suíça, Estônia, Japão, Nova Zelândia e Austrália. Há uma clara distinção entre a lista de países que abraçaram o bitcoin e aqueles que proibiram.
Creio que não preciso citar as diferenças, elas são abissais. Vemos que economias avançadas, com alto padrão de vida, respeito aos direitos humanos, liberdades individuais e propriedade privada não têm problemas com o bitcoin. E qual o motivo? Pois o Bitcoin representa parte do repertório ideário que fundamentam essas sociedades.
Negá-lo seria também negar os direitos individuais, a propriedade privada e o direito à livre expressão.
Bitcoin no Brasil, caminhando para proibição?
Estamos em um momento crucial na história do nosso país, na semana passada o STJ deu um passo em direção ao atraso. Veja mais na matéria abaixo:
Em dois meses nós daremos o veredito final, pularemos definitivamente para o abismo? Ou vamos nos juntar aos países que defendem os direitos humanos, a propriedade privada e o próprio Bitcoin?
O Bitcoin não precisa de um governo para funcionar, entretanto nações prósperas precisam de parte do ideário no qual o Bitcoin foi concebido.
Fonte da imagem principal: yahoo.com/news