O Banco Central do Brasil, cujo principal objetivo é “garantir o poder de compra da moeda nacional”, segundo a própria instituição, vem falhando miseravelmente em sua função, apesar das centenas de milhões de reais despendidos para o funcionamento da instituição.
É como se uma padaria falhasse constantemente na produção de seus pães, ou como se você levasse seu carro para o lava-jato e ele voltasse mais sujo do que foi entregue. As despesas discricionárias da instituição remontam a R$ 251 milhões para o ano de 2020.
Dois importantes pilares monetários foram abalados nos últimos anos e provocaram uma perda massiva no poder de compra do brasileiro médio, foram eles a depreciação do câmbio perante as demais moedas fiduciárias e a crescente expansão da base monetária através da impressão sem freios de dinheiro.

E assim como 1+1=2, imprimir dinheiro inevitavelmente provoca aumento nos preços de produtos e serviços. Talvez não de maneira explícita, pois a produtividade, ciclos sazonais, velocidade do dinheiro, e outros fatores influenciam na precificação das mercadorias. E há também a possibilidade desse agregado monetário se alocar em bolhas especulativas do mercado financeiro.
Mas a grande questão aqui é que a inflação, um perverso imposto, que incide principalmente sobre os mais pobres, que tendem a gastar a maior parte dos seus recursos, está sendo cada vez mais cobrado no Brasil à medida que os preços nas prateleiras dos mercados sobem assustadoramente:
- Óleo de soja: 18,63%
- Arroz: 19,25%
- Feijão-preto: 28,92%
- Cenoura: 21,61%
Fonte: G1.

Para o economista austríaco Fernando Ulrich as posições do presidente do Banco Central também não são animadoras para a moeda brasileira. Segundo Ulrich, o banqueiro central joga contra a sua moeda. “Na atitude, no discurso. Exclama sem parar “comprem dólar”.”, disse.
“Para nós, o importante não é o real, trabalhamos sob um sistema de câmbio flutuante. O importante é como o real contamina o canal de inflação para a inflação de curto prazo e para elevar expectativas.”
— Fernando Ulrich (@fernandoulrich) April 14, 2021
RCN à Bloomberg (13/abr).
O guardião da moeda a abandona sem dó nem pudor.
Plano B
Não, o B não se refere ao Banco Central, mas sim ao Bitcoin. Apesar do objetivo declarado do Bacen ser a proteção da moeda, da economia e do poder de compra do povo brasileiro, você ainda precisará confiar de que esses objetivos serão de fato perseguidos.
E caso essas metas não sejam alcançadas, como ocorria em um grau assustadoramente alto durantes os períodos de hiperinflação anteriores ao plano real, não há muito que possa ser feito, a não ser se proteger individualmente com as ferramentas disponíveis.
Nesse sentido, o Bitcoin fornece uma rede monetária na qual não é necessário confiar em terceiros, onde fatores como a expansão da base monetária são pré-definidos de maneira clara e confiável.
A nossa civilização é baseada em energia limpa, água limpa, comunicação limpa e dinheiro limpo. Bitcoin oferece proteção às empresas contra a desvalorização da moeda, bem como a opção de participar do crescimento explosivo da rede monetária digital. – Michael Saylor, CEO da MicroStrategy.
Claro, o Bitcoin ainda não é estável o suficiente para se tornar uma unidade de conta e para ser utilizado no dia a dia para compras, este é um caminho que a criptomoeda ainda está trilhando.
Mas o mais importante é saber que o Bitcoin não é sobre ficar rico rapidamente, e sim sobre não ficar pobre com o passar do tempo, como explicou o desenvolvedor do Bitcoin Jameson Lopp. Quanto dinheiro você já perdeu para a inflação?
Leia mais: CEO da BlackRock afirma estar “fascinado” com o mercado de criptomoedas