A Shell é um grande player do setor de óleo e gás, e recentemente anunciou seu envolvimento em uma atividade típica do universo das criptomoedas: a mineração – que ao mesmo tempo é fonte de renda e de críticas pelos seus impactos ambientais.
O escopo inicial desse projeto é permitir que as máquinas ASICs possam operar imersas em um fluido de refrigeração, e isso requer um conhecimento mais aprofundado em áreas como lubrificação e/ou refrigeração. Essas temáticas, no entanto, não são uma novidade para a petrolífera, pois soluções dessa natureza já são vendidas para data centers desde o ano passado, quando optou-se pela expansão do portfólio. A mineração de BTC acabou surgindo como um desdobramento desse novo ramo de negócios.
Logo abaixo, estão disponíveis as vantagens da adoção dessa tecnologia imersiva:
- Melhoria de performance das máquinas: pode representar uma melhor taxa de hash e em ganhos para os mineradores;
- Redução dos impactos energéticos: a imersão das máquinas tende a requerer um menor consumo energético, devido ao resfriamento conferido pelo líquido;
- Minimização dos impactos sonoros: o ruído dos equipamentos fica abafado com a imersão;
- Aprimoramento da mineração enquanto atividade: processos podem e devem ser melhorados sempre que for possível.
Darin Gonzalez, representante da Shell Lubrificantes USA, informa que sua organização está comprometida em fornecer alternativas de redução de carbono, e uma das vantagens no uso do fluido de resfriamento é a sustentabilidade e a energia renovável.
Por fim, a Shell também irá financiar o Bitcoin Conference por 2 anos (2023 e 2024), e a publicidade deste contrato foi feita pela organizadora deste evento, a Bitcoin Magazine. David Bailey, CEO da revista, entende que a entrada da petrolífera no cenário cripto é “uma grande vitória para o bitcoin”.
Exxon, Crusoe Energy e YFP
Recentemente, o Greentimes noticiou a existência de um projeto da YFP que repassa 1 MW de gás para a mineração de bitcoins. A Exxon e Crusoe Energy também têm iniciativas semelhantes, pois enviam o gás natural residual de um campo na Dakota do Norte (EUA), para ser usado como insumo nas provas de trabalho e no ethereum.
Fonte: Shell / Youtube / Cryptonews
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