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Mercado de Criptomoedas Gera 190.000 Empregos Globais e Brasil se Destaca na América do Sul

Moeda de Bitcoin com bandeira do Brasil ao fundo

Em meio a um cenário econômico desafiador, a indústria de criptomoedas tem se mostrado um porto seguro para o emprego.

Mesmo após o pico de mercado das criptomoedas e empresas no final de 2021 e início de 2022, o emprego na indústria cripto tem se mantido firme. Em julho de 2023, estima-se que cerca de 190.000 pessoas estejam empregadas no setor, um número significativamente maior do que antes do mercado de alta que começou em 2020.

Segundo dados da empresa de pesquisa k33, há quase 190 mil empregados no setor de criptomoedas em 2023, número 2,5 vezes maior que em 2019.

Gráfico dos empregos no mercado de criptomoedas em 2019, 2021 e 2023

Onde estão os empregos no mercado de criptomoedas?

A distribuição desses empregos na indústria cripto é diversificada, espelhando a de outros setores. Existem algumas mega empresas que empregam milhares de pessoas, mas a maioria dos profissionais está empregada em empresas de médio e pequeno porte.

Segundo relatório da K33, cerca de 60% dos profissionais da indústria cripto trabalham em entidades focadas principalmente em facilitar a negociação e o investimento em cripto.

Os NFTs foram o assunto do momento no início de 2022, atraindo muitos artistas e produtores de jogos para o espaço. Mesmo com a diminuição da mania, muitos ainda estão trabalhando em projetos de NFT, muitos dos quais estão relacionados a jogos em blockchain.

Gráfico com empregos por setor no mercado de criptomoedas

Além disso, 40.000 pessoas estão trabalhando em outros projetos mais diretamente relacionados à atividade blockchain, como protocolos blockchain, análises e mineração.

Brasil é destaque na América do Sul

Apesar de gerar muitos empregos, os profissionais do mercado são super-representados no mundo ocidental. Cerca de 55% dos trabalhadores cripto vivem na América do Norte e Europa, enquanto as economias asiáticas também empregam um número significativo na indústria.

Na América do Sul, o Brasil é o maior empregador cripto e possui a infraestrutura financeira mais avançada da região. Isso levou bancos e fundos a abordarem o cripto por meio de ETFs cripto, custódia cripto e até stablecoins. São 4 mil empregos gerados no Brasil, com as corretoras Mb e Binance as maiores empregadoras.

Distribuição de empregos no mercado de criptomoedas e blockchain

Apesar disso, se comparado ao resto do mundo, a América do Sul emprega apenas mais que o continente africano, sendo responsável por apenas 4% dos empregos no setor.

Contudo, devido às instabilidades políticas e restrições de envio de capital, o subcontinente “tende a ficar no topo das métricas de adoção“.

Por exemplo, adoção de cripto na Argentina é uma das maiores globalmente, com 23%. O país tem sido assolado por inflação e instabilidade financeira, incentivando investimentos no exterior. No entanto, as vulnerabilidades do sistema têm incentivado a exposição ao cripto, principalmente BTC e stablecoins.

As estimativas foram obtidas por meio de um método que consiste em mapeamentos diretos, buscas na internet impulsionadas por IA com supervisão manual e generalização de informações completas pontuais.

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